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Itamaraty diz a líderes mundiais que Justiça vai agir e democracia é sólida
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Numa demonstração do interesse internacional diante da crise vivida pelo Brasil neste domingo, o novo chanceler Mauro Vieira recebeu ligações por parte de ministros de Relações Exteriores de várias partes do mundo. Em muitos casos, governos estrangeiros ofereceram ajuda e se colocaram à disposição.
Mas ouviram do novo chefe da diplomacia brasileira dois recados claros:
- As instituições responderam aos ataques, mais uma vez;
- A Justiça vai cumprir seu papel
De acordo com membros do Itamaraty, o primeiro a telefonar para Mauro Vieira foi o chanceler de Portugal, seguido por representantes da Espanha, Colômbia, Chile, Guiné-Bissau e Angola.
Por vários canais diplomáticos, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva tentou mandar recados às instituições internacionais e para as capitais estrangeiras indicando que os mecanismos de proteção da democracia estavam vigentes e o estado de direito era solido.
O governo, segundo fontes, não quer dar a impressão de que a vulnerabilidade é elevada no país. Na reconstrução da credibilidade do Brasil no exterior, um sinal de fraqueza e instabilidade poderia prejudicar as tentativas de Brasília de se apresentar como um ator confiável.
Instituições internacionais, como a ONU e a UE, também calibraram suas declarações, mostrando confiança na capacidade de a democracia brasileira de reagir.
Apesar de a mensagem ser de que o governo não precisaria de ajuda externa, Brasília comemorou o fato de que mais de 40 países de todo o mundo emitiram comunicados, praticamente imediatos, saindo em defesa da democracia brasileira e condenando o que alguns chegaram a chamar de "tentativa de golpe".
Foram intensas ainda as trocas de informações entre as principais democracias ocidentais, preocupadas com um eventual êxito da extrema direita em um país da dimensão do Brasil.
Para esses governos, portanto, uma eventual vitória desse movimento ultraconservador sobre um processo eleitoral legítimo poderia significar seu fortalecimento e mesmo ameaças em outras partes do mundo.
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