Topo

Jamil Chade

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Em Pequim, ministro critica impacto de Bolsonaro na relação com a China

O ministro Carlos Fávaro (Agricultura) - FÁTIMA MEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO - 04.jan.23
O ministro Carlos Fávaro (Agricultura) Imagem: FÁTIMA MEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO - 04.jan.23

Colunista do UOL, em Pequim

27/03/2023 04h18

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, usou o primeiro evento oficial nesta segunda-feira na China para criticar o impacto que o governo de Jair Bolsonaro teve nas relações bilaterais com Pequim. Falando a uma audiência de brasileiros e chineses, o chefe da pasta destacou que os últimos anos "não foram dos melhores".

O evento teria sido o primeiro compromisso oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Pequim, com foco na cooperação entre os dois países em temas de desenvolvimento sustentável. Com o cancelamento da viagem do presidente por conta de uma pneumonia, coube ao ministro da Agricultura dar a principal mensagem do novo governo.

"Nada é mais importante que reatar relações amistosas com a China", declarou Fávaro. Durante o governo Bolsonaro, a ala mais radical da extrema direita e até o ex-chanceler Ernesto Araújo fez questão de fustigar as autoridades chinesas. O resultado foi um esfriamento das relações diplomáticas e um mal-estar inédito entre os dois países.

Reconhecemos que, nos últimos anos, o tratamento [do Brasil aos chineses] não foi adequado
Carlos Fávaro

O ministro lembrou que o Brasil sempre manteve uma diplomacia amistosa e de respeito. "Mas, infelizmente, essas relações não foram das melhores e nosso principal foco é reativar as relações fraternais", completou.

Fávaro ainda destacou que, sob Bolsonaro, o Brasil "passou uma imagem que não respeitava o meio ambiente". Mas alertou: "Não era verdade. Foram poucos que invadiram terras, desmataram".

Segundo ele, a situação é outra com o novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, "As coisas mudaram", disse, insistindo que as autoridades agora exigem o cumprimento de legislações ambientais.