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Nova viagem de Lula: Itamaraty tenta evitar mal-estar com China
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Buscar uma nova data para a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se transformou numa dor de cabeça para as diplomacias de Brasil e China. Ambos os governos querem que a viagem ocorra sem demora. Mas as agendas de Lula e de Xi Jinping, além de considerações diplomáticas, estão dificultando a busca por uma solução.
O brasileiro deveria iniciar nesta segunda-feira uma viagem de estado para a China. Mas foi obrigado a cancelar a missão diante de uma pneumonia. A delegação era composta por 240 pessoas, entre empresários, deputados, políticos e entidades da sociedade civil.
O problema, agora, é que remarcar não será das tarefas mais fáceis. Lula tem pelo menos três eventos internacionais importantes em abril:
- O governo recebe a presidente da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen, em 12 de abril.
- Lula também recebe em Brasília no dia 17 de abril o chanceler russo, Sergei Lavrov.
- Entre os dias 22 e 25 de abril, Lula parte para Portugal para a primeira cúpula entre os dois países em sete anos.
Já Xi conta com uma agenda também apertada de visitas internacionais. Em abril, o chinês recebe em duas delegações separadas os líderes da Espanha, Pedro Sanchez, e Emmanuel Macron, presidente da França
Mal-estar
Uma opção mais fácil para o governo brasileiro seria esperar até a ida de Lula ao G7, que ocorre no Japão. O presidente é um dos convidados especiais da reunião de cúpula do grupo, algo que não ocorreu com Jair Bolsonaro em nenhum ano de seu governo.
Uma parada na China, durante a ida para a Ásia, seria a escolha mais óbvia, inclusive por conta de gastos e da distância que envolveria a viagem.
Mas, com a rivalidade entre China e Japão, assessores já alertaram que Lula não pode dar a impressão de que a parada em Pequim é apenas parte de uma turnê ou que seria um anexo ao evento do G7.
Os chineses querem garantias de que uma viagem dessa dimensão e com mais de 20 acordos sendo assinados seja vista como a etapa mais importante de um deslocamento internacional de Lula.
Com a reunião do G7 ocorrendo justamente no país rival, a conotação é de que a escala em Pequim criaria um mal-estar.
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