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Pior porta para o retorno de Bolsonaro ao Brasil é a da PF ou da prisão
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Após o governo do Distrito Federal decidir que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá deixar o aeroporto de Brasília por uma saída lateral após sua chegada ao Brasil, o colunista do UOL José Roberto de Toledo afirmou durante o programa Análise da Notícia que essa porta não é a pior pela qual Bolsonaro poderá passar. Em sua opinião, as portas da Polícia Federal ou até mesmo da prisão seriam piores para o ex-presidente.
A principal porta, e que mais ameaça Bolsonaro, certamente não é a porta de nenhum palácio. É a porta da Polícia Federal e talvez até as portas gradeadas [da prisão]. José Roberto de Toledo
Inicialmente, Bolsonaro planejava uma chegada triunfal a Brasília para ser carregado por uma multidão no saguão do aeroporto, repetindo as cenas da campanha de 2018. O governo do DF, entretanto, vetou a pretensão de Bolsonaro e avisou que a decisão de saída pela porta lateral é "inegociável".
Timing político errado. Toledo ainda afirmou durante o programa que o "timing é tudo na política", mas que Bolsonaro errou o tempo de voltar ao Brasil. Em sua avaliação, o ex-presidente volta ao Brasil pressionado pela possível intenção de seu partido, o PL, vislumbrar Michelle Bolsonaro como uma eventual herdeira do bolsonarismo, e também por seu ex-aliado Sergio Moro (União Brasil), que voltou a estar em evidência após suposta ameaça de sequestro do senador pelo PCC.
Já tinha a concorrência interna da Michelle, patrocinado pelo Valdemar dentro do PL, e agora tem o adversário externo que é o Moro e está querendo colocar as asinhas de fora para ocupar esse espaço do Bolsonaro. José Roberto de Toledo
Repetição das cenas de 2018. Estima-se que bolsonaristas estavam se mobilizando pelas redes sociais para ônibus irem até Brasília recepcionar o ex-presidente e eram esperadas de 5 a 10 mil pessoas na capital. Bolsonaro esperava ser recepcionado por uma multidão, mas o colunista do UOL afirmou que "o governo do DF foi escolado pelo STF e por Alexandre de Moraes" e vetou toda a intenção de uma festa.
Encontro marcado com a polícia. A PF (Polícia Federal) intimou Bolsonaro a depor sobre o caso das joias da Arábia Saudita no dia 5 de abril. Durante o programa, Toledo afirmou que esse deve ser apenas o primeiro encontro do ex-presidente com a polícia, uma vez que existem outros inquéritos de diferentes temas contra Bolsonaro em andamento.
Possibilidade de surgimento de novos nomes na direita. Apesar das acusações contra Bolsonaro e do caso do recebimento das joias da Arábia Saudita, o colunista do UOL afirmou que a popularidade do ex-presidente não deve cair no chamado "núcleo duro do bolsonarismo". As acusações, entretanto, criam espaço para o surgimento de outras alternativas dentro da direita brasileira, como Michelle Bolsonaro e o próprio Sergio Moro.
O Análise da Notícia vai ao ar às terças, quartas e quintas, às 19h.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
Veja a íntegra do programa:
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