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Josias de Souza

MEC: Bolsonaro troca desastre certo pela dúvida

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação Carlos Alberto Decotelli - Marcos Corrêa/PR
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação Carlos Alberto Decotelli Imagem: Marcos Corrêa/PR

Colunista do UOL

26/06/2020 00h15

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Com a chegada de Carlos Alberto Decotelli, nada de mal acontecerá ao Ministério da Educação que não seja esplêndido diante do que poderia acontecer se Abraham Weintraub continuasse no comando da pasta. O novo ministro assume como uma incógnita. E a dúvida é vista como um avanço se comparada à certeza do desastre que o antecessor representava para a Educação.

Decotelli presidiu o FNDE, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, de fevereiro a agosto de 2019. Saiu sem explicar um edital viciado para a compra de 1,3 milhão de computadores, laptops e notebooks. Negócio de R$ 3 bilhões.

A Controladoria-Geral da União farejou esquisitices. Por exemplo: uma escola pública mineira com 255 alunos receberia 30 mil laptops. O edital foi anulado. Mas até hoje não se sabe quem o elaborou. O TCU quer saber. Decotelli precisa informar.

No mais, o novo ministro diz estar preocupado com a Educação, não com guerra ideológica. Além do discurso técnico, dispõe de currículo e compostura. Não é dado a ofensas. Bem diferente de Weintraub, que insultava até a língua portuguesa.

Resta saber: 1) se Decotelli possui capacidade gerencial; 2) se os aloprados que seguem Olavo de Carvalho, o guru de Virgínia, deixarão que o novo ministro trabalhe.