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Bolsonaro paga R$ 650 milhões por 'coleira' eleitoral
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O governo corre contra o relógio para trocar parte dos 18 milhões de cartões do Bolsa Família. Bolsonaro deseja distribuir cartões novos. Neles, a logomarca associada a Lula e aos governos do PT será trocada pelo Auxílio Brasil, programa lançado sob Bolsonaro. A troca custará R$ 650 milhões, informa o Globo. A notícia é vergonhosa, espantosa e escandalosa.
Envergonha porque escancara o cinismo de Bolsonaro. Noutros tempos, o capitão se referia ao Bolsa Família como um "cabresto eleitoral" do PT. Agora, já não se preocupa em disfarçar que lançou uma versão piorada e vitaminada do programa não por razões sociais, mas para dispor da sua própria coleira.
Espanta porque Bolsonaro demora a perceber a baixa efetividade de suas manobras. O Nordeste, região onde o beneficio social é mais disseminado, continua sendo o principal reduto de Lula. Ali, segundo o Datafolha, a taxa de reprovação do governo é de 58%. E a aversão eleitoral a Bolsonaro bate em 67%. O que falta ao pobre é comida, não discernimento.
A troca de cartões escandaliza porque o dinheiro a ser desperdiçado daria para pagar mais de 1,6 milhão de benefícios de R$ 400 a famílias pobres. Lula já anunciou que, se eleito, o programa de distribuição de renda voltará a se chamar Bolsa Família.
Quer dizer: confirmando-se o favoritismo do petista, o brasileiro logo tomará conhecimento de uma nova troca de cartões. Não há programa social que acabe com a pobreza de espírito.
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