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Pesquisas fizeram do indeciso a estrela do 1º turno
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A exemplo do que ocorreu com Datafolha e Ipec, a nova rodada da Quaest acomoda Lula na margem de erro para vencer a disputa presidencial no próximo domingo: 50,5% dos votos válidos, excluídos os bancos e nulos. Na prática, o que as pesquisas informam é que a grande estrela do primeiro turno de 2022 é o eleitor indeciso. É ele quem irá decidir se Bolsonaro será demitido da Presidência dentro de quatro dias ou se o país terá de suportar até o final de outubro a tortura de continuar testemunhando a mais tosca e vazia campanha eleitoral de sua história.
Há o indeciso clássico, que ainda não escolheu um candidato a 96 horas do encontro com a urna: 5% do eleitorado, segundo a Quaest. Há também o falso decidido, que diz votar num candidato, mas admite aderir ao voto útil, aquele que migra para Lula desde que Bolsonaro seja despachado mais rapidamente do Planalto. Entre os 6% que ainda estão com Ciro Gomes, 27% declaram que podem votar em Lula. Dos 5% ainda fechados com Simone Tebet, 30% namoram a ideia de optar por Lula.
A esse ponto chegamos. A decisão sobre a realização ou não de segundo turno está nas mãos de um eleitor que não sabe se quer beber a democracia brasileira com açúcar, com adoçante ou pura. O futuro depende de um eleitor que, depois de escolher entre o vinho tinto ou branco, muda para água mineral. E continua em dúvida a quatro dias da eleição: Com gás ou sem gás?
Seja qual for a decisão dos indecisos, a percepção que salta das dobras da pesquisa da Quaest é semelhante à que foi produzida pela leitura do Datafolha, do Ipec e de outras sondagens: no primeiro ou no segundo turno, Lula está perto de obter o seu terceiro mandato. Foi conduzido à porta do Planalto por Bolsonaro. Com 55% de rejeição na Quaest, o presidente é, hoje, o principal cabo eleitoral do seu rival.
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