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Chefe do Batalhão da Guarda Presidencial tornou-se bola da vez no Planalto
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Exposto no noticiário como fio desencapado que provocou o curto-circuito nas relações de Lula com o Exército, o tenente-coronel Mauro Cid foi desligado da tomada. Não irá mais assumir o comando de uma prestigiosa unidade de operações especiais, em Goiânia. Com isso, um outro tenente-coronel, Paulo Jorge Fernandes da Hora, ganhou uma reluzente aparência de bola da vez.
Comandante do BGP, o Batalhão da Guarda Presidencial, o coronel Paulo da Hora tem entre suas atribuições a proteção da sede do governo. No dia 8 de janeiro, deveria ter cuidado dos segundos. Mas só se deu conta de que as horas passam depois que falanges bolsonaristas já haviam devastado o Planalto. Lula quer vê-lo pelas costas.
Guindado ao comando do Exército no lugar do demitido Júlio César Arruda, o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva recebeu de Lula a missão de despolitizar a caserna. Como general, especializou-se em cobrar explicações de subordinados. Como desbolsonarizador de tropa, guia-se por uma máxima da política: tudo o que precisa de explicação não e bom. Todo o mal começa com as explicações.
O general Tomás satisfaz o desejo de Lula com jeito. Oferece aos militares que devem esclarecimentos a oportunidade de levar suas cabeças à bandeja por conta própria. Oficialmente, o coronel Cid "abriu mão" de assumir em fevereiro a chefia do 1º Batalhão de Ações e Comandos. O ex-assessor de Bolsonaro foi ao freezer.
De cabeça fria e com tempo livre, Cid pode levar explicações para os inquéritos em que é investigado -um sobre milícias digitais, outro sobre o pagamento de contas de Michelle Bolsonaro em dinheiro vivo.
O coronel Paulo da Hora também terá a oportunidade de manifestar o seu desinteresse em permanecer no comando do BGP. Confirmando-se a sua saída, a beirada da caçapa passará a ser ocupada pelo general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, atual chefe do Comando Militar do Planalto, superior hierárquico do coronel Da Hora.
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