Nísia, Padilha e Wellington são tratados como ponta de estoque
A julgar pela evolução das articulações, o que vem por aí não é uma reforma ministerial, mas um remendo. Lula se equipa para 2026. O centrão, insatisfeito com tudo, quer um pouco mais. O PT dedica-se à autofagia.
Lula cogita pagar à vista, com ministérios, a perspectiva de um apoio a prazo do MDB e PSD ao seu plano reeleição. Arrisca-se a levar um calote. O centrão quer ver Arthur Lira na poltrona de Nísia Trindade, na Saúde. Deseja colocar um pé no Planalto, desalojando Alexandre Padilha da Coordenação Política.
O PT gostaria de tirar Wellington Dias do Bolsa Família e Paulo Pimenta da Secom. O pedaço mais influente da legenda avalia que seus correligionários não sabem bater bumbo. Lula concorda. Na vaga de Pimenta, gostaria de eliminar intermediários, nomeando o marqueteiro de sua campanha, Sidônio Palmeira.
Nísia, Padilha, Wellington e Pimenta já viraram ponta de estoque da Esplanada. Fala-se em reformar o ministério, e a primeira coisa que se faz é colocá-los na entrada da loja, como mercadoria em liquidação.
Paradoxalmente, Juscelino Filho (Comunicações), que carrega o defeito de um indiciamento por corrupção, demora a ser incluído na lista de candidatos à degola. Por enquanto, não se enxerga no balcão da reforma que nada guarda semelhança com o interesse público.
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