Galípolo é igual ou melhor que Campos Neto, avalia mercado
Ler resumo da notícia
Gabriel Galípolo caiu no gosto dos operadores do mercado financeiro, revela pesquisa Quaest. A despeito de considerar que é cedo para tirar conclusões sobre seu desempenho, a maioria gosta do que vê. Para 49% dos entrevistados, a gestão de Galípolo tem sido "igual" à de Roberto Campos Neto. Para 20%, o trabalho do novo presidente do Banco Central é melhor que o do antecessor.
Quer dizer: praticamente sete em cada dez agentes financeiros (69%) acham que Lula colocou um novo caprino na sala ao substituir Campos Netto, seu bode expiatório de estimação, por Galípolo. Nesta quarta-feira, seguindo um rastro esboçado nos últimos dias da gestão Campos Neto, com o aval de Galípolo, o BC elevará os juros para 14,25%, mesmo nível registrado em outubro de 2016, durante a ruína econômica de Dilma.
O prestígio do chefe do BC cresce na proporção direta da derrocada da imagem de Lula e de Fernando Haddad no mercado. Segundo a pesquisa, 88% dos agentes financeiros avaliam negativamente o desempenho de Lula, 58% o de Haddad, e 8% o de Galípolo. Apenas 4% avaliam positivamente Lula, 10% Haddad, e 45% Galípolo.
Deve-se o mau humor à percepção generalizada de que o governo trafega na contramão. Apenas 7% dos principais operadores do mercado defendem a atual política econômica. Para 93%, a coisa vai na direção errada. Para 92% o culpado é Lula, não é Haddad.
Lula costuma realçar, com razão, que, nos dois primeiros anos do seu terceiro mandato, todas as previsões que colocavam o PIB na trilha do brejo deram errado. O diabo é que a popularidade de Lula não está negativa apenas no mercado, mas também no supermercado. A carestia enferruja o prestígio do presidente até entre seus eleitores mais tradicionais.
9 comentários
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.
Airthon Fernando Ferreira
O que esperar de um ex- presidiário acha que governa?
Marcelo Ferreira Antunes
O mercado se guia mais por ideologia do que por índices da economia. Em 2.022, Bolsonaro e Paulo Guedes foram extremamente danosos à Economia, comprometendo o próximo governo, e nem por isso tinham índices tão ruins. Quanto aos juros, estão abusivos e o novo aumento deles não irá influenciar o preço de produtos básicos e a inflação.
Genevaldo Ferreira
Neste cenário sombrio que Bolsonaro e sua prole estão pintando, só resta uma opção: Lula de novo nos braços do povo em 2026 — um povo que não pagará imposto de renda se ganhar até 5 mil pilas!