Josmar Jozino

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Polícia apura se atentado contra ex-namorada motivou morte de filho de juiz

A Polícia de Mato Grosso do Sul investiga se o assassinato de Gilberto Emanuel Fernandes Abelha, 41, filho do juiz aposentado Mário Eduardo Fernandes Abelha, tem relação com um atentado que teria sido cometido por ele contra a ex-namorada no ano passado no Paraguai.

Gilberto foi morto com tiros de fuzil na tarde de domingo em Ponta Porã (MS), na fronteira com a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero. A vítima estava em um veículo com Ana Liz Figueredo López, 30, irmã do prefeito de Cerro Corá, no Paraguai,, Wilfrido Figueredo López.

Câmeras de segurança registraram o crime. As imagens mostram dois homens descendo de um carro preto em frente a uma padaria na avenida Presidente Vargas. Os assassinos seguem em direção ao carro onde estava a vítima e abrem fogo. Ana Liz saiu ilesa.

Segundo a Polícia do Paraguai, no final da noite de 8 de novembro do ano passado, Gilberto tentou matar a ex-companheira Keila Ortiz Leal, 25, no bairro São José, em Ciudad Del Este, porque estava inconformado com o fim do relacionamento amoroso.

As investigações apontaram que o filho do juiz atirou cinco vezes contra o apartamento da ex, no segundo andar de um prédio localizado a seis quarteirões da avenida San José. Os vidros da janela do imóvel ficaram estilhaçados. Ninguém se feriu.

Apartamento da namorada de Gilberto Emanuel Fernandes Abelha, que foi alvo de atentado a tiros no Paraguai
Apartamento da namorada de Gilberto Emanuel Fernandes Abelha, que foi alvo de atentado a tiros no Paraguai Imagem: Reprodução

O caso foi registrado na 7ª Delegacia da Polícia de Ciudad Del Este. Keila contou aos policiais que estava no apartamento no dia do ataque e por sorte não foi atingida pelos tiros. Ela revelou aos agentes que o ex não aceitou o fim do namoro e o apontou como autor do atentado.

A mulher narrou ainda que Gilberto era violento e muito ciumento. Keila disse também que tinha rompido com ele havia dois meses e que horas antes do ataque recebeu chamadas telefônicas dele. Porém, como não atendeu às ligações, o ex foi até lá e efetuou os disparos.

Assassinos foragidos

Os autores do assassinato de Gilberto ainda não foram identificados. A Polícia Civil de Ponta Porã informou que as investigações estão sob sigilo. A ocorrência foi registrada como homicídio qualificado praticado mediante traição, emboscada ou dissimulação que impossibilitou a defesa da vítima.

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O juiz Mário Eduardo Fernandes Abelha, pai de Gilberto, ingressou na magistratura de Mato Grosso do Sul em junho de 1988, como mostrou o UOL.

O magistrado, nascido em São Paulo, atuou como juiz de primeira e segunda instâncias em diferentes varas, inclusive no Juizado de Trânsito, até se aposentar. Atualmente, ele exerce a advocacia na cidade de Bonito (MS), segundo o Linkedln.

A reportagem não conseguiu contato com os advogados de Gilberto nem com o juiz aposentado. O texto sera atualizado se houver manifestação das defesas.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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