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JN muda o tom e divulga críticas a Guedes; Record diz que ministro balança
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De um modo geral simpática a Paulo Guedes, a Globo não gostou da decisão do ministro da Economia de desrespeitar o limite de gastos no ano que vem. O descontentamento ficou claro na edição desta sexta-feira (22) do "Jornal Nacional". Já a Record, que vem criticando Guedes há muito tempo, deu a entender que lamentou a decisão do presidente Jair Bolsonaro de manter o ministro no cargo.
O JN abriu com um jogral entre os apresentadores William Bonner e Ana Luiza Guimarães: "Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes confirma que o governo vai desrespeitar o limite de gastos no ano que vem. E diz que detesta furar o teto. Mas economistas afirmam que isso vai anular o benefício do auxílio por aumentar a inflação. E que o governo deveria ter cortado gastos com emendas ao orçamento que não têm nenhuma urgência, mas que garantem apoio político no Congresso. No mercado financeiro, o dólar e a bolsa refletem a falta de confiança dos investidores."
Num longo trecho, o telejornal ouviu cinco economistas (Zeina Latif, Mailson da Nóbrega, Marcelo Neri, Simão Silber, Alexandre Schwartsman), todos críticos da decisão tomada pelo governo. Ao falar do "dia de tensão" no mercado financeiro, Bonner observou que, pela manhã, as incertezas estavam "derretendo" o valor da moeda brasileira e das empresas nacionais. O JN classificou ainda como "debandada" a saída de quatro secretários do primeiro escalão do ministério
Já a Record pareceu lamentar que Bolsonaro não tenha aproveitado a crise para demitir Paulo Guedes. "O presidente Bolsonaro confirmou a permanência do ministro Paulo Guedes na condução da economia. Já o ministro disse que o ajuste fiscal será feito de maneira mais lenta e que o governo vai gastar mais para pagar o benefício social Auxílio Brasil", registrou o telejornal na abertura.
Ao descrever a situação, o repórter Thiago Nolasco deixou claro a insatisfação da emissora:
"Com a ida ao ministério da Economia, Bolsonaro demonstra aos outros ministros do governo que mantém o apoio a Paulo Guedes. Internamente é grande a pressão pela demissão do ministro. O gesto é também uma forma de demonstrar aos parlamentares aliados que o responsável pela condução da economia continua com prestígio. O problema é que quando são necessários esses movimentos é porque o prestígio já não anda muito grande. O mesmo se aplicar a ter que dizer que o ministro fica. Na política, quando é necessário falar é porque o ministro realmente balança no cargo".
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