Topo

Mauricio Stycer

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Coluna na Folha: Roberto Marinho forjou estilo combativo ainda na infância

Roberto Marinho em 1991 - Luiz Carlos David/Folhapress
Roberto Marinho em 1991 Imagem: Luiz Carlos David/Folhapress

Colunista do UOL

28/10/2021 19h46

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Roberto Marinho tinha seis anos quando foi agredido por um colega de escola, um certo Mongaguá, com um soco forte, que o derrubou. É a "pancada inaugural", como diz o título do primeiro capítulo do recém-publicado perfil biográfico do empresário, de autoria de Eugênio Bucci ("Roberto Marinho", Companhia das Letras, 334 págs., R$ 84,90). "No dia em que foi a nocaute, o aluninho do Paula Freitas se transformou e entendeu de uma vez o sentido da palavra coragem", registra Bucci. O episódio merece seis páginas do livro e é retomado no último parágrafo do capítulo final, coroando a narrativa. "Foi a memória oculta, inconfessa, da criança nocauteada que o impeliu para o combate".
(..)
Compreensivelmente restrito ao personagem, que morreu, aos 98 anos, em agosto de 2003, Bucci não avança na análise sobre a Globo pós-Roberto Marinho. Mas não deixa de ser sugestivo que tenha dado tanta importância ao episódio do nocaute no colégio. Num ambiente de disputa global, o maior grupo de comunicação do país hoje parece uma criança pequena diante de alguns rivais muito maiores. Os desafios são complexos, e o cenário não parece favorável à empresa brasileira. Coragem certamente será uma qualidade indispensável a Paulo Marinho, neto de Roberto Marinho, que assumirá a presidência da empresa em 2022.

Íntegra aqui