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"Difícil saber quem matou jornalista americano", diz brasileiro na guerra
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A morte de um documentarista americano em Irpin, na Ucrânia, voltou a chamar a atenção para os enormes riscos envolvidos na cobertura de guerras. Brent Renaud estava dentro de um carro que, segundo autoridades ucranianas, foi atingido neste domingo (13) por tiros de tropas russas que estão no local. Ele tinha 50 anos.
Renaud portava uma identificação do "The New York Times", mas o jornal esclareceu que o crachá é antigo e que ele não estava trabalhando para o veículo na cobertura do conflito. Em um vídeo gravado em um hospital, o jornalista americano Juan Diego Arredondo diz que estava com Renaud e que eles se dirigiam a um campo de refugiados da região para documentar a situação. Após passarem por um posto de controle, foram atacados a tiros, e o colega, atingido no pescoço.
Jornalista especializado na cobertura de conflitos, o brasileiro Yan Boechat está na Ucrânia desde antes do início da invasão da Rússia. Ele tem enviado os seus relatos para a Band e o jornal "O Globo". Neste domingo, Boechat afirmou que esteve no mesmo local onde Renaud foi alvejado e que ainda não é possível determinar quem o matou:
"Difícil saber nesse momento quem de fato matou o jornalista americano que estava com um crachá do NY Times. Estive em Irpin hoje, passei duas vezes pelo mesmo local. Pelo relato do colega dele que foi ferido parece que foram atingidos longe da última linha", escreveu no Twitter. "Eu não duvidaria de que ele foi morto por ucranianos assustados. Na hora que ele foi morto os russos estavam em ofensiva, atacando pelos flancos. Pelo relato do colega, eles seguiam pela avenida central", disse.
"Ainda é preciso muita informação e investigação pra saber o que aconteceu de verdade. Pode ter sido mesmo um fogo cruzado. Pode ter sido um pequeno pelotão russo num check point fake. Mas tudo está um pouco confuso ainda", acrescentou.
Neste momento, além de Boechat, há dois outros profissionais brasileiros enviando relatos sobre os desdobramentos da guerra a partir de Kiev: o jornalista Roberto Cabrini (Record) e o fotógrafo Gabriel Chaim (Globo). Há outros profissionais em Lviv e em cidades na Polônia, próximas à fronteira com a Ucrânia.
Sérgio Utsch, do SBT, deixou a zona de conflito na sexta-feira (11) em direção a Londres. Ele documentou a invasão da Ucrânia pela Rússia a partir de Kiev, de Lviv e da Moldávia, entre outros lugares.
Boechat publicou o vídeo abaixo neste domingo:
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