Defesa pede que perícia verifique se filho de Moraes agrediu empresário
![Imagem da suposta agressão a filho de Alexandre de Moraes em Roma Imagem da suposta agressão a filho de Alexandre de Moraes em Roma](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/32/2023/10/05/imagem-da-suposta-agressao-a-filho-de-alexandre-de-moraes-em-roma-1696517393365_v2_450x450.jpg)
A defesa do empresário Roberto Mantovani Filho protocolou nesta terça (4) nova petição no Supremo Tribunal Federal, solicitando que seja realizada uma perícia nas imagens da confusão entre os brasileiros e a família do ministro Alexandre de Moraes em Roma, na Itália.
De acordo com o documento, ao qual o UOL teve acesso, o objetivo é verificar se o filho do ministro, Alexandre Barci de Moraes, fez "gesticulações ofensivas ou mesmo algum ato de agressão", principalmente em direção ao empresário.
A defesa tenta com a perícia reforçar a sua versão de que os suspeitos também teriam sido agredidos, com palavras de baixo calão, pelo filho de Moraes. O delegado atual refuta essa hipótese. As imagens das câmeras de segurança no aeroporto não têm som.
Na investigação inicial, o primeiro delegado responsável pelo caso, Hiroshi de Araújo Sakako, concluiu que Mantovani foi quem cometeu crime de "injúria real" contra o filho de Moraes ao deslocar seus óculos com um tapa en direção ao seu rosto — mas como esse crime é de menor potencial ofensivo não houve indiciamento.
A PGR então pediu uma revisão, o delegado renunciou ao caso e o novo responsável mudou o entendimento. Ontem veio a público que a PF voltou atrás e, sob o comando do delegado Thiago Severo de Rezende, decidiu indiciar Mantovani, sua esposa Andrea Munarão, e seu cunhado Alex Zanatta Bignotto por calúnia contra o ministro.
Na petição encaminhada ao relator, o ministro Dias Toffoli, a defesa também voltou a pedir acesso às imagens do aeroporto de Roma e às mensagens encontradas pela PF no celular de Mantovani. O pedido de acesso às imagens já foi recusado ou não respondido outras duas vezes.
O empresário vem se recusando a prestar novo depoimento antes de ter acesso a essas mensagens. Conforme relatório do novo delegado encarregado do caso, ao qual o UOL também teve acesso, Mantovani recebeu e compartilhou vídeos de que Moraes teria cometido crime durante as eleições e pregando intervenção militar no Brasil.
Essas mensagens são utilizadas por Thiago Rezende para formar a convicção de que o empresário e sua família tinham motivos para agredir Moraes, por causa da polarização que tomou conta do país. E que sua versão da história teria mais credibilidade que a da família.
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