Tarcísio rebate Lula e diz ao UOL que contrato do metrô já está assinado
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse nesta segunda-feira (1º) à coluna que o contrato de expansão da linha 5-Lilás do metrô de São Paulo já está assinado e que a obra vai ser feita, independente do governo federal.
Ele rebateu declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No sábado (29), Lula disse que não assinaria o contrato porque Tarcísio e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), não foram à cerimônia no Jardim Ângela, na zona sul da capital.
"O aditivo já está assinado. O contrato é do governo de São Paulo com a concessionária e nós vamos fazer a obra", disse Tarcísio. "Nós pedimos recursos ao BNDES, mas, se o empréstimo não sair, nós vamos fazer do mesmo jeito. O estado tem saúde financeira para fazer sem isso", completou.
A obra é a expansão da linha 5-Lilás do metrô do Capão Redondo até o Jardim Ângela, com a construção de duas novas estações. O investimento previsto é de R$ 3,4 bilhões. O governo de São Paulo solicitou a inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obter R$ 1,7 bilhão em empréstimo do BNDES.
Segundo apurou a coluna, o projeto executivo está em andamento, e a CCR deve contratar em breve a construtora responsável. A previsão é que obra seja iniciada no ano que vem.
A disputa política em torno da expansão do metrô paulista está ligada com as eleições municipais. No dia 21 de junho, Tarcísio já havia assinado o aditivo do contrato num evento com a presença de Nunes, que é candidato à reeleição. Os dois posaram juntos para fotos com o contrato. Tarcísio apoia a reeleição de Nunes.
Na sexta-feira, Lula esteve no Jardim Ângela acompanhado do deputado Guilherme Boulos (PSOL), que também é candidato à prefeitura. O presidente vem fazendo campanha para Boulos e o PT abriu mão de candidatura própria na capital paulista. Também estavam no evento o ministro das Cidades, Jader Filho, e representantes da Caixa Econômica Federal.
"A gente hoje ia assinar o contrato da estação do metrô para chegar até aqui. Mas o prefeito, que nos deu o terreno, não veio, e o governador. A Caixa Econômica Federal e o ministro das Cidades resolveram não assinar porque é importante fazer isso junto com o governador e o prefeito", disse Lula em visita ao Jardim Ângela.
O negócio não envolve recursos da Caixa, nem do Ministério das Cidades. O pedido de financiamento foi feito ao BNDES.
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