Raquel Landim

Raquel Landim

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
Reportagem

Amorim conversa com número 2 do Vaticano sobre eleições na Venezuela

O assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, conversou por telefone na tarde desta terça-feira (13) com o chefe de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, sobre as eleições na Venezuela. Ele também é o chefe da diplomacia da Santa Sé.

Os dois falaram sobre a importância de encontrar uma solução pacífica para o impasse entre o ditador Nicolás Maduro e a oposição venezuelana sobre o resultado das eleições presidenciais. Parolin agradeceu o esforço de mediação do Brasil.

Os governos brasileiro, mexicano e colombiano vêm insistindo na apresentação das atas eleitorais por seção para recontagem dos votos com acompanhamento de observadores independentes.

Parolin conhece bem a realidade da Venezuela, porque foi núncio apostólico de Sua Santidade em Caracas, nomeado pelo papa Bento 16. Ele assumiu o posto de secretário de Estado do Vaticano em 2013 a pedido do papa Francisco.

O papa Francisco, que é argentino, vem demonstrando preocupação com a situação da Venezuela. No início de agosto, Francisco pediu a "busca pela verdade" nas eleições venezuelanas.

"Faço um apelo sincero a todas as partes para que busquem a verdade, ajam com moderação, evitem qualquer tipo de violência, resolvam as controvérsias através do diálogo e tenham em mente o verdadeiro bem da população e não interesses partidários", disse Francisco para uma multidão, após a oração dominical do Angelus na Praça de São Pedro, no Vaticano.

O papa, que tem uma orientação mais à esquerda, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm posturas parecidas em questões internacionais. Um exemplo é a guerra da Ucrânia.

Francisco já defendeu que os ucranianos devem "ter a coragem de levantar a bandeira branca" e negociar com a Rússia para acabar com a guerra. A posição é a mesma de Lula.

Estados Unidos e países europeus apoiam a Ucrânia ao dizer que não há espaço para negociar com Vladimir Putin, que invadiu o país, matou civis, e tomou território.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Deixe seu comentário

Só para assinantes