Gleisi critica juro alto, mas poupa Galípolo e não bate de frente com Lula
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a alta da taxa de juros, mas preservou o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
Em sua conta no X, a deputada escreveu que o novo aumento da taxa Selic "já havia sido determinado pela antiga direção do BC" e que "não restava muito alternativa ao novo presidente do BC".
O argumento de Gleisi provocou estranhamento entre analistas econômicos e políticos. Ao dizer que a alta dos juros já estava "determinada" desde dezembro, Gleisi se refere ao "forward guidance" — a indicação dada pelo BC de que subiria novamente os juros neste mês.
Os economistas ouvidas pela coluna lembram, no entanto, que Galípolo já fazia parte da diretoria do Banco Central e que a decisão anterior também foi tomada de forma unânime.
A tentativa, portanto, de culpar indiretamente o antigo presidente, Roberto Campos Neto, e isentar Galípolo não faz sentido.
A manifestação da deputada também não faz sentido para quem acompanha os bastidores. Políticos experientes lembram que Gleisi faz parte do grupo oposto ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dentro do PT. E Galípolo é muito próximo de Haddad.
A presidente do PT, portanto, não poupa Galípolo por simpatia pessoal.
Provavelmente, ela o faz de olho na determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, no final do ano passado, fez uma "live" com o novo presidente do BC na qual deixou claro: Galípolo é o meu menino e tem o meu aval.
68 comentários
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Raimundo Nascimento
TRADUZINDO ... AUMENTARAM A SELIC...NÃO SEI QUEM FOMOS....
Cesar Nordi
partido e regime mostrando de forma escancarada suas mentiras
Marcelo Martinelli Corazza
só os radicais e ativistas recalcados ouvem o que essa louca diz