Locutor vira réu por difamação após fazer acusações contra Gugu Liberato
A Justiça aceitou a queixa-crime apresentada contra o radialista Kaká Siqueira, que passou a ser réu em um processo por difamação.
Em junho de 2023, de acordo com o processo, o locutor disse em seu programa na rádio Capital, de São Paulo, que o apresentador Gugu Liberato, que morreu em 2019, era um "devasso" e que havia se relacionado com todos os integrantes do grupo musical Dominó, famosa banda juvenil criada por sua produtora nos anos 80.
De acordo com ele, quem não aceitava, era demitido.
A queixa-crime foi apresentada pelo cantor Nill (Ítalo Coutinho), integrante da banda por cerca cinco anos. O cantor disse à Justiça que o locutor feriu sua honra, com ofensas e afirmações inverídicas.
Declarou que "sempre foi um profissional exemplar e que nunca precisou vender seu corpo para trabalhar".
Ao aceitar a queixa-crime, a juíza Maria Veiga Oliveira disse haver indícios suficientes para a abertura da ação penal, determinando que o locutor seja intimado a apresentar sua defesa.
Ainda não há data prevista para o julgamento.
A coluna procurou Kaká para obter sua versão sobre os fatos, mas ele não enviou resposta. Disse apenas desconhecer o assunto.
O locutor foi demitido da rádio Capital no ano passado após as declarações sobre Gugu.
A emissora divulgou à época um comunicado segundo o qual dizia prezar pela ética e que não compactuava com "qualquer tipo de difamação ou exposição indevida da vida privada de qualquer indivíduo".
Em nota também divulgada na ocasião, a família do apresentador afirmou que iria lutar para defender a memória do apresentador e que "os oportunistas de plantão deveriam se preocupar com a verdade e com o direito, ao invés de buscar uma notoriedade efêmera."
Reportagem
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