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Bolsonaro articula para Doria vencer prévias, avaliam caciques do PSDB
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Fora o diretório do estado de São Paulo, onde tem maioria folgada, o Rio Grande do Norte é a grande força de João Doria para as prévias que escolherão o candidato do PSDB a presidente da República. Na avaliação da alta cúpula tucana, o governador de São Paulo pode contar com até 85% de apoio nesse estado do Nordeste.
Esses votos têm por trás o trabalho árduo do ex-deputado Rogério Marinho, hoje ministro da Integração do governo de Jair Bolsonaro e que ainda tem grande influência do diretório regional da sigla. Marinho segue orientação do presidente da República.
A avaliação de tucanos ouvidos pela coluna é que Bolsonaro torce pela vitória de Doria nas prévias, porque acredita que o governador paulista será muito mais fácil de ser derrotado nas eleições do ano que vem do que o gaúcho Eduardo Leite. O governador do Rio Grande do Sul concorre contra Doria à vaga de candidato pela sigla.
As afirmações contra o governador de São Paulo são generalizadas nas conversas reservadas na cúpula nacional do PSDB. Mas, publicamente, ninguém ainda se dispõe a externar a avaliação de que o partido corre risco de se esfacelar se Doria for o escolhido pela legenda.
O governador paulista não é visto como agregador. E chefes de outras legendas com potencial para se juntar ao PSDB já avisaram que não o farão se Doria for candidato. É o caso do Democratas e do PSL, que estão formando uma única legenda: União pelo Brasil.
O ex-governador do Ceará Tasso Jereissati (CE), considerado um dos principais nomes nacionais do PSDB, no entanto, abriu mão da indicação às prévias e declarou apoio a Eduardo Leite. O presidente nacional da legenda, ex-deputado Bruno Araújo, também se desentendeu publicamente com Doria, embora diga que a briga é coisa do passado.
Já Eduardo Leite, embora parta de um patamar mais baixo nas pesquisas de opinião, tem um potencial agregador bem superior ao do governador de São Paulo.
Mesmo em seu estado Doria colecionou desafetos poderosos que evitam externar suas opiniões publicamente. A saída do ex-governador Geraldo Alckmin da legenda é debitada na conta de Doria.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador José Serra e o senador José Aníbal são alguns dos tucanos paulistas que evitam brigar publicamente com Doria, mas que torcem contra sua indicação nas prévias. Como paulistas, no entanto, não podem dizer isto publicamente.
Pelo contrário, Doria já cobrou e arrancou uma declaração pública de apoio de FHC. Agora quer o mesmo de todos os demais tucanos de alta plumagem de seu estado. Mas, mesmo que consiga, essas declarações não serão levadas a sério. Como ocorreu com o próprio Fernando Henrique Cardoso: ele disse que apoia Doria, mas ninguém no PSDB acreditou.
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