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Para manter iludidos seus seguidores, Bolsonaro fará jogo de cena golpista
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O Sete de Setembro do ano passado não foi o único ensaio de golpe do presidente Jair Bolsonaro contra as instituições democráticas, nem será o último.
Antes, Bolsonaro já havia participado de uma manifestação em favor do Ato Institucional número 5, o AI-5, em frente ao Quartel General do Exército em Brasília. Também incentivou manifestações de bolsonaristas radicais em frente ao Supremo Tribunal Federal e outras ameaças de caminhoneiros pelo país.
Levantamentos capitaneados pelo vereador do partido Republicanos do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, o filho Zero Dois do presidente, mostraram que a parcela mais aguerrida e radical do bolsonarismo insiste na tese do fechamento do Congresso e do STF. Ou seja, de um golpe de Estado.
Bolsonaro e seus assessores mais próximos, especialmente os militares, avaliam que não há clima para o golpe. Nem internamente, incluindo empresários e políticos; e nem junto às principais nações do Ocidente, especialmente os Estados Unidos.
Não há chances, mas a ameaça de que venha a promover um golpe ajuda a manter a solidez do núcleo de seu eleitorado -esse bolsonarismo mais raivoso- iludido de que um dia as instituições democráticas acabem fraquejando diante do "Mito", que é como o chefe é chamado.
Na estratégia desenhada por Bolsonaro e seus filhos, até as eleições de outubro haverá pelo menos mais uma significativa manifestação contra o Judiciário, podendo se estender ao Congresso, se os parlamentares aprovarem projetos contra os interesses do bolsonarismo.
Para justificar tais manifestações, Bolsonaro pretende esticar a corda contra o STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), principalmente contra os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes -respectivamente, o presidente atual e o próximo presidente do TSE.
Enfim, é um jogo de cena. Mas, um jogo de cena bruto e perigoso.
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