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Aécio: por Garcia em SP, comando do PSDB não quer candidato a presidente
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O deputado Aécio Neves (PSDB-MG) diz que o comando nacional do seu partido decidiu priorizar a eleição de Rodrigo Garcia para governador de São Paulo. Por isso, segundo ele, está sendo trabalhada a derrubada das pré-candidaturas tucanas a presidente da República, tanto a do ex-governador de São Paulo João Doria, quanto a do ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite.
"Já foi externado por Burno Araújo [presidente nacional do PSDB] que a prioridade é a eleição de Rodrigo Garcia. Por isso que, quando João Doria ameaçou continuar no governo, houve aquela movimentação toda para ele se retirar", disse Aécio. "Mas o custo da retirada de João Doria é levar o Eduardo Leite de roldão."
Na avaliação do deputado, o PSDB de São Paulo concluiu, com base nas pesquisas, que a rejeição do eleitorado a Doria pode tirar votos de Garcia para o governo do estado. O MDB de São Paulo, capitaneado pelo presidente nacional do partido, Baleia Rossi, que é deputado eleito pelo estado e aliado de Garcia, estaria envolvido até o pescoço nesse movimento.
Daí porque, segundo Aécio, Baleia Rossi afirmou em entrevista à coluna, na terça-feira, 19, que o PSDB só terá um nome como opção de candidatura presidencial do grupo de partidos que se pretende como terceira via na eleição de outubro. Esse grupo se autodenomina "centro democrático" e é composto por União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania.
Baleia Rossi disse à coluna que o único nome do PSDB é o de João Doria, afastando Eduardo Leite da lista.
"Como político mais antigo sou obrigado a ler nas entrelinhas. Me pergunto se essa declaração não foi apenas a antessala para, daqui a vinte ou trinta dias, dizer que com Doria também não dá", suspeitou Aécio, arrematando que isso facilitaria a vida de Rodrigo Garcia e até da pré-candidata do MDB ao Planalto, a senadora Simone Tebet (MS).
"É um direito legítimo deles, mas eu me preocupo com o meu partido. Não quero ver o PSDB igual a outros por aí, alimentado apenas por verbas do Fundo Eleitoral, com cada filiado votando em quem quiser, um vai de Lula, outro, de Bolsonaro", argumenta.
E qual a solução?
Segundo Aécio, Doria e Eduardo Leite precisam fechar um pacto de apoio mútuo a quem estiver em melhores condições. E os partidos dessa chamada terceira via precisariam ampliar o arco de alianças, convidando, por exemplo, o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, "para um jantar".
Parecem soluções simples. Mas no clima de traições e desconfianças, tanto dentro do PSDB quanto entre os partidos dessa terceira via, é muito pouco provável que se consiga.
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