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Arthur Lira dá a largada na disputa pela sua sucessão
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pretende anunciar hoje a formação de um novo bloco parlamentar, capaz de superar o chamado blocão, que até agora é o maior agrupamento formado no Congresso.
O blocão reúne MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC com 142 deputados. O bloco que Lira deve anunciar terá, a princípio, 173 deputados. Reúne um grupo bastante heterogêneo, como PP, União Brasil, Patriota, PSB, PDT, PSDB, Cidadania, Solidariedade e Avante.
Lira comunicou sua pretensão na reunião de líderes dessa terça-feira (11). Também informou ao Palácio do Planalto que o grupo não fará oposição ao governo, mas também não integrará formalmente a base parlamentar.
Segundo ele, seu propósito é apenas reagir à formação do chamado blocão e demonstrar que ainda se constitui no maior núcleo de poder na Câmara.
Na verdade, a formação do bloco está sendo interpretada como o lançamento da disputa pela presidência da Câmara entre o grupo de Arthur Lira e os aliados do presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP).
Lira foi eleito para comandar a Casa nas legislaturas de 2023 e 2024 tendo Marcos Pereira como vice. Mas ele tem um acordo para fazer seu sucessor o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA). Marcos Pereira, no entanto, almeja o cargo.
A disputa entre os dois transbordou para uma verdadeira guerra entre o Republicanos e o União Brasil. O partido de Marcos Pereira acaba de anunciar que cinco deputados das legenda de Elmar Nascimento deverão se transferir para a sigla.
São liderados pelo prefeito de Berford Roxo, Wgner Carneiro, o Waguinho, que já se filiou ao Republicanos. Ele é marido da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, eleita deputada pelo União Brasil mas que também está de malas prontas para o Republicanos.
O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, já anunciou que pretende contestar a desfiliação na Justiça e cobrar do governo a manutenção no partido do comando do Turismo.
Assim como Arthur Lira, Marcos Pereira também afirma que seu bloco não fará oposição ao governo, mas também não integrará formalmente a base do Planalto no Congresso.
Mas, de fato, o governo conta que terá o apoio do blocão nas principais votações no Congresso, assim como de cerca da metade dos deputados do bloco anunciado por Lira.
O único problema será encontrar vagas na Esplanada para o apetite de tantos partidos.
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