Acordo do Mercosul com União Europeia está morto, mas Lula não admitirá
O presidente Lula insiste que o acordo do Mercosul com a União Europeia ainda não morreu. Mas é só publicamente.
Dentro do governo, todos já admitem que não há mais chances de negociações relevantes entre os dois blocos.
Como disse o colunista do UOL Jamil Chade, até aliados de Lula nos sindicatos e movimentos sociais já são contrários ao acordo.
Juntando isso às demais resistências na América do Sul, especialmente após a eleição de Javier Milei na Argentina, e ao anúncio da França de que está contra o acordo, não há mais no governo quem acredite na ressurreição.
Nem o apoio da Alemanha, anunciado pelo chanceler Olaf Scholz está sendo considerado como capaz de fazer o acordo vingar.
Mas a decisão estratégica do presidente é deixar claro que o Brasil não tem culpa. E aproveitar os encontros e conversas anteriormente marcados para estabelecer contatos bilaterais que possam resultar em negócios para o Brasil.
Lula já partiu para a reunião da COP28 convencido de que não daria para prosseguir no acordo. Mesmo assim, resolveu manter as aparências.
Aproveitou a viagem para se aproximar dos super ricos produtores de petróleo do Oriente Médio e cobrar ajuda financeira dos Estados Unidos e da Europa à defesa do meio ambiente nos países pobres e emergentes.
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