Maia se prepara para briga de longo prazo
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
A turma de Rodrigo Maia acusa o presidente Jair Bolsonaro de até hoje não ter "desmontado o palanque". Agora, o presidente da Câmara e aliados querem montar o seu.
Desde que Bolsonaro, em entrevista à CNN, deu o comando aos seus pitbulls para avançarem contra Maia, o deputado do DEM foi engolfado por um tsunami nunca visto de xingamentos nas redes sociais. No Congresso, o deputado viu o governo passar os últimos dias jogando milho para roubar-lhe aliados do Centrão. Na semana passada, Bolsonaro reuniu-se com a fina flor do fisiologismo parlamentar para acenar com cargos no segundo escalão do governo em troca de alinhamento com o Planalto e distanciamento do presidente da Câmara, cujo mandato termina em fevereiro. O ex-ministro Gilberto Kassab, presidente do PSD; Ciro Nogueira e Arthur Lira, do PP; e Jhonatan de Jesus, do Republicanos foram apenas algumas lideranças brindadas com o assédio presidencial.
Aliados de Maia já trabalham com a hipótese de dissidências em seu núcleo de apoio. Nesse cenário, consideram que o presidente da Câmara teria condições de aglutinar em torno de si, além de seu partido, também o PSDB e MDB, de forma a montar um grupo "mais identificado como um bloco de oposição". Em outras palavras, Maia se distanciaria da mal-afamada marca do "centrão" e passaria a liderar um grupo mais autorizado a "bater forte" no governo, aproveitando-se da apatia estratégica do PT, que vem preferindo aguardar o presidente sangrar.
Maia e aliados preveem que a batalha contra Bolsonaro se estenderá até 2022. É consenso no grupo que o impeachment de um presidente da República com 30% de apoio popular é inviável - lembrando que a petista Dilma Rousseff só caiu quando sua aprovação desceu para um dígito.
Haveria, portanto, dois anos de enfrentamento à vista. Ou melhor, um ano e meio, já que, como diz um deputado, "o resto é campanha".
Os palanques à vista mostram que o parlamentar erra no cálculo. Antes fosse só o resto.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.