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Pessimismo abate o centrão depois de fala de Bolsonaro sobre 7 de setembro
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Até os mais otimistas arrefeceram.
A fala de ontem do presidente Jair Bolsonaro com novos ataques ao STF e a convocação incendiária para uma manifestação no dia 7 de setembro tiveram o efeito de um balde de água fria sobre as cabeças de lideranças do centrão.
Marqueteiros e integrantes do núcleo político do presidente haviam passado os últimos dez dias costurando um discurso em que ele diria por que precisa de mais quatro anos "para consertar o Brasil" — e que giraria em torno das realizações do governo na área de infraestrutura e iniciativas em prol da recuperação econômica.
Ao optar, porém, por desafiar outra vez o STF e conclamar seus apoiadores a irem às ruas "pela última vez", Bolsonaro, na opinião de um integrante do núcleo da campanha, "perdeu a oportunidade de falar para fora da bolha, assustou a classe média e frustrou os aliados políticos".
Para esses aliados, redirecionar o discurso do presidente para o centro é a única forma de atrair o voto daqueles que a campanha elegeu como segmento-alvo: os "bolsonaristas arrependidos", concentrados na classe média e nas capitais da região Sudeste, que votaram em Bolsonaro em 2018 mas distanciaram-se dele, entre outros motivos, por desaprovarem suas atitudes e falas associadas à desestabilização do país.
Das principais lideranças do centrão — Ciro Nogueira e Arthur Lira, do PP; Marcos Pereira, do Republicanos; e Valdemar Costa Neto, do PL— era Valdemar o mais otimista até há pouco tempo. O cacique do PL acreditava piamente na vitória do ex-capitão — uma certeza que agora não tem mais.
Hoje, no núcleo político do presidente, a perspectiva mais otimista é de que, até o final do mês que vem, os ponteiros das pesquisas se mexam a ponto de colocar Bolsonaro próximo de empatar com o ex-presidente Lula dentro da margem de erro.
Já será muito — e a razão do pessimismo do centrão é que ainda será pouco.
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