Topo

UOL Confere

Uma iniciativa do UOL para checagem e esclarecimento de fatos


Bolsonaro não era alvo de carro-bomba encontrado no Paraguai

Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

Do UOL, em São Paulo

26/10/2018 19h11

É boato que dois carros-bomba foram apreendidos tentando atravessar a fronteira entre Brasil e Paraguai e seriam usados em um atentado contra o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL). O carro-bomba que aparece em vídeo disseminado no WhatsApp e em redes sociais era usado em uma tentativa de libertar o traficante Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, no país vizinho. Portanto, as mensagens e correntes de texto que associam o caso à campanha eleitoral são falsas.

A verdade é que dois veículos foram encontrados em uma casa em Presidente Franco, no Paraguai, a cerca de 10 km da divisa entre os países, em uma ação conjunta da polícia paraguaia e da Interpol na última quarta-feira (24).

A ação terminaria em Assunção, capital do Paraguai, onde o traficante brasileiro está preso. Foi pelo menos a segunda vez que se identificou um plano para libertar o chefe da facção Comando Vermelho.

Veículos de imprensa noticiaram a ação policial que encontrou os carros com explosivos ligados ao plano de libertar o traficante (ver aqui, aqui e aqui). Para encontrar as reportagens, bastou ao projeto Comprova procurar no Google as palavras-chave “carro bomba” e “Paraguai”.

Uma das correntes de texto que disseminou o boato diz que o serviço de inteligência dos Estados Unidos teria repassado informações sobre um ataque contra o candidato do PSL.

O vídeo com a mensagem enganosa foi enviado por leitores ao WhatsApp do Comprova (11-97795-0022). No Twitter, uma versão do boato teve 2,9 mil curtidas e 1,8 mil retuítes.

A peça de desinformação foi verificada pela “Folha de S.Paulo” e pelo “Estadão”, além do UOL e do jornal “O Povo”, todos integrantes do projeto Comprova.

O Comprova é um projeto integrado por 40 veículos de imprensa brasileiros que descobre, investiga e explica informações suspeitas sobre políticas públicas, eleições presidenciais e a pandemia de covid-19 compartilhadas nas redes sociais ou por aplicativos de mensagens. Envie sua sugestão de verificação pelo WhatsApp no número 11 97045 4984.