É falso que ex-secretário de TI do TSE trabalhe como assessor de Barroso
É falso que o ex-secretário de Tecnologia da Informação do TSE Giuseppe Janino trabalhe como assessor do ministro do STF Luís Roberto Barroso, como afirma uma publicação compartilhada nas redes sociais.
Procurado, Janino desmentiu o post. O nome dele também não consta da lista de 37 servidores do STF que trabalham no gabinete de Barroso, disponível para consulta no Portal da Transparência (aqui).
O pedido de checagem foi enviado por leitores do UOL Confere para o WhatsApp (11) 97684-6049.
O que diz a publicação?
Com uma foto do rosto de Janino e com seu nome escrito de maneira incorreta, o texto diz: "Essa alma é JIUSEPPE (sic) DUTRA JANINO, chefe do setor de T.I do SUP TRIBUNAL ELEITORAL?. Atolado até os cabelos na fraude das urnas?. Vamos deixar ele famoso?! Pediu demissão e hoje é assessor de Luís Roberto Barroso. Só isso."
Por que é falsa?
Janino não trabalha no STF. O Portal da Transparência permite consultar todos os funcionários efetivos e comissionados que trabalham no Supremo. Os dados da planilha são de março de 2023.
Busca na planilha por "Giuseppe" e "Janoni" não mostra resultado. No entanto, buscando por "Barroso", aparecem 37 nomes de pessoas que trabalham em seu gabinete, sem menção ao ex-secretário.
Ex-secretário afirma que o conteúdo é falso. "Trata-se de uma ação criminosa, difamatória, contra um ex-servidor público com mais de 40 anos prestados ao serviço público, destes 25 anos à Justiça Eleitoral".
Janino se desligou da Justiça Eleitoral em julho de 2021 (aqui). Hoje ele atua como consultor internacional em eleições digitais e identificação biométrica, segundo nota enviada à reportagem.
Urna eletrônica não é fraudada
"Pai da urna eletrônica". Giuseppe Janino foi, de fato, um dos cinco criadores da urna eletrônica.
As acusações de fraudes eleitorais creditadas às urnas não têm nenhum respaldo. Desde sua primeira utilização no Brasil, em 1996, não há nenhuma comprovação de fraude ou adulteração de resultado.
Sugestões de checagens também podem ser enviadas para o email uolconfere@uol.com.br.
Fabíola Cidral conta como reconhecer logo de cara uma fake news
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