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Uma iniciativa do UOL para checagem e esclarecimento de fatos


Foto não mostra ministros de Lula planejando atos golpistas do 8/1

27.abr.2023 - Print mostra ministros discutindo após a invasão dos golpistas - Reprodução/TikTok
27.abr.2023 - Print mostra ministros discutindo após a invasão dos golpistas Imagem: Reprodução/TikTok

Pedro Vilas Boas

Colaboração para o UOL, em Salvador

27/04/2023 16h57Atualizada em 27/04/2023 16h57

É falsa a afirmação de que uma foto compartilhada no TikTok mostre ministros do governo Lula (PT) articulando os atos golpistas do 8 de janeiro.

O registro é um print de uma das imagens divulgadas pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional) que mostra os auxiliares do presidente discutindo no Palácio do Planalto após a depredação provocada pelos golpistas.

O que diz o post:

"VEJAM O MOMENTO EXATO EM Q OS MINISTROS DO LULA ARTICULAM OS PLANO DO 8DEJANEIRO (sic)", diz o texto inserido na imagem.

Abaixo, o título da reportagem compartilhada pelo autor da mentira: "Novas imagens do Palácio do Planalto mostram ministros discutindo e tentativa de roubo a caixa eletrônico".

Por que é falso:

Busca reversa. Ao utilizar a ferramenta de imagens do Google, aparecem como resultados matérias ilustradas com o print que mostram ministros discutindo a depredação do Planalto após a invasão dos golpistas (aqui e aqui).

O print feito pelo autor da mentira é de uma publicação no Instagram feita pelo jornal Gazeta do Povo, que também mostra em reportagem que os ministros estavam discutindo após a invasão, e não articulando os atos (aqui e aqui).

O UOL também reproduziu o momento, mas em outro ângulo. As câmeras flagraram o ministro da Justiça, Flávio Dino, exaltado em conversa com o ministro da Defesa, José Múcio (aqui).

O GSI divulgou as imagens do dia da invasão na íntegra no domingo (23). A liberação ocorreu após quebra de sigilo determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Viralização. A postagem falsa, compartilhada no TikTok no domingo (23), registra 3.297 mil curtidas, 657 encaminhamentos e 171 comentários.

Sugestões de checagem podem ser enviadas pelo WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.

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