Cidades alagoanas e pernambucanas ganham sistema de alerta contra enchentes
Alagoas e Pernambuco inauguraram, em abril e maio, respectivamente, suas salas de alerta de enchentes. Segundo a ANA (Agência Nacional das Águas), os dados são interligados diretamente com a sede da agência, em Brasília, com fornecimento de dados em tempo real do nível dos rios e da previsão meteorológica da região dos seus leitos.
O monitoramento dos rios é feito por nove estações de coleta de dados, que funcionam por telemetria e estão instaladas às margens dos rios Mundaú e Paraíba em nove cidades – cinco em Alagoas (Atalaia, São José da Laje, Quebrângulo, União dos Palmares e Viçosa) e quatro em Pernambuco (Brejão, Canhotinho, Correntes e Palmeirinha).
Segundo o governo de Pernambuco, o aperfeiçoamento dos sistemas de alerta evitou que novas pessoas morressem na nova cheia, em abril deste ano. O Estado também informou que, após a tragédia de 2010, criou a Agência Pernambucana de Águas e Clima, que ajuda na prevenção e monitoramento das chuvas e dos rios.
Com os sistemas de alerta prontos, a Defesa Civil Nacional realizou, no dia último dia 28, o primeiro de uma série de treinamentos que devem ser feitos a comunidades de risco. O simulado tem quatro etapas, que serão concretizadas em caso de tragédia real.
A primeira fase é a emissão de um alerta de chuva forte pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres. Em seguida há o acionamento dos alarmes das áreas de risco. O terceiro ponto é a evacuação das áreas de risco. Por último, o cadastro das famílias desabrigadas e a orientação para manterem uma boa convivência coletiva.
Segundo o secretário-executivo da Defesa Civil de Alagoas, Gilson Romeiro, a tragédia foi “dolorosa”, mas serviu como uma boa lição para os municípios atingidos. “Hoje, todos os 15 mais afetados de Alagoas por aquela enchente têm defesas civis montadas e atuantes”, disse.
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