Chuva dá trégua, mas cheia dos rios faz com que 13 cidades decretem emergência no Rio Grande do Sul
Treze cidades decretaram situação de emergência e mais de cem mil pessoas foram afetadas pelas chuvas e cheias no Rio Grande do Sul. Nesta sexta-feira (22), a chuva deu uma trégua e os rios começaram a voltar aos seus níveis normais. Mas até a tarde de hoje, a grande quantidade de água que descia da serra e enchia os rios nas áreas de vale fizeram com que muitas comunidades ficassem completamente alagadas.
Segundo dados da Defesa Civil Estadual, até o início da noite havia 100.149 pessoas afetadas, 10.330 desalojadas, 5.180 desabrigadas e 3.316 edificações atingidas.
As cidades que decretaram situação de emergência são: Montenegro, Bom Princípio e Pareci Novo (no Vale do Caí); Sarandi e Charrua (no norte), Arvorezinha, Encantado, Cruzeiro do Sul, Venâncio Aires, Arroio do Meio, Lajeado e Santa Tereza (no Vale do Taquari); e Novo Tiradentes (nas Missões). Além destas, outras 17 enviaram à defesa civil notificações preliminares de desastre comunicando estragos.
Em Montenegro, o rio Caí ficou 6,36 metros acima do seu nível normal. A água, que parou de subir apenas ao meio dia desta sexta-feira, alagou diversos bairros, chegando a poucos metros da praça central da cidade. Foram atingidas 10 mil pessoas, 120 ficaram desalojadas e 60 desabrigadas. Já em Bom Princípio 9.500 foram afetadas e 21 acomodadas em casas de parentes.
Os pomares na região também foram atingidos. Forte produtor de bergamota, o Vale do Caí tem parte de sua plantação embaixo d’água. Além disso, o escoamento da produção pode ser afetado devido à dificuldade de trânsito nas estradas prejudicadas pela chuva.
Em Sarandi, na região norte, 5.000 moradores foram afetados, enquanto 30 estão desalojados. O mesmo ocorre em Arvorezinha, no Vale do Taquari, onde 6.350 pessoas foram atingidas e cinco estão desalojadas. Em Encantado, 12.500 foram afetadas e 1.780 desalojadas; em Arroio do Meio, 2.500 foram atingidas, 1.100 desalojadas e 1.400 desabrigadas; Lajeado, está com 286 moradores afetados e 36 desalojados; e Santa Tereza, com 800 afetados e 72 fora de casa.
Em Novo Tiradentes 2.277 foram atingidos, mas não há desalojados nem desabrigados. O que gerou o decreto de emergência é a péssima condição das estradas, que foram danificadas por enxurradas e cheias de diversos riachos da região, que fica entre morros.
Região metropolitana
A região metropolitana de Porto Alegre também está sofrendo com a cheia dos rios. Em Canoas, 300 pessoas ficaram isoladas na praia do Paquetá com a cheia do rio dos Sinos. Todos os acessos foram danificados, impossibilitando a retirada das famílias. Muitos optaram por sair a pé no meio da água.
Em Cachoeirinha, 40 pessoas foram abrigadas pela prefeitura após o rio Gravataí alcançar os 2 metros acima do seu nível normal. Já no município vizinho de Gravataí, a água alagou quatro bairros.
Na manhã desta sexta-feira, a ligação do Brasil com a Argentina em território gaúcho via barco estava interrompida em ao menos duas localidades. No noroeste, em Porto Mauá, o rio Uruguai estava com 11,5m, impossibilitando as viagens de balsa. Em Porto Xavier, o rio chegou a 8,2m.
Paraná e Santa Catarina
Em Santa Catarina, o tempo foi bom durante a sexta-feira. A tempestade que atingiu a cidade de Campos Novos na quarta-feira não deixou reflexos significativos na região, segundo a assessora de comunicação da Defesa Civil estadual, Fabiane Pickusch Costa. Para o final de semana não há alertas de temporais no Estado.
O mesmo ocorre no Paraná. Na noite do dia 20, a cidade de Medianeira foi atingida por ventos de 80 km/h e uma tempestade de granizo que durou 2 minutos, mas o suficiente para causar danos em 249 edificações. Foram afetadas 920 pessoas, mas ninguém ficou ferido.
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