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Jacarés-do-papo-amarelo fogem de criadouro e invadem lagoa turística no Espírito Santo

Jacaré-de-papo-amarelo pode chegar a até 3 metros de comprimento quando adulto - Divulgação
Jacaré-de-papo-amarelo pode chegar a até 3 metros de comprimento quando adulto Imagem: Divulgação

Flávia Bernardes

Do UOL, em Vitória

27/01/2012 17h13

Os 207 filhotes de jacarés-do-papo-amarelo que fugiram de um criadouro em Linhares (138 km de Vitória), após a cheia do rio Doce, podem ter ido para a lagoa Juparanã, segunda maior do Brasil, com 38 km de comprimento por 3 a 5 km de largura e onde estão instaladas áreas de camping e restaurantes.

Segundo o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis), porém, a fuga não irá interferir na dinâmica natural e turística da região. Por serem filhotes, muito serão predados por piranhas ou aves de rapina, e os que sobreviverem não representarão ameaça aos turistas.

O biólogo Fabrício Borghi Folli, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Linhares, informou que a região da lagoa Juparanã foi monitorada durante toda esta sexta- feira (27), mas nenhum jacaré-de-papo-amarelo foi encontrado.

“Estes filhotes podem ter se refugiado na área brejosa, que fica antes da lagoa. É uma espécie que não costuma se aproximar de humanos, geralmente vive escondida nas áreas mais distantes da lagoa em busca de alimentos”, disse o biólogo.

Folli disse que a espécie já foi comum na região e que não há registro de ataques a humanos. “As pessoas devem continuar com o mesmo cuidado de antes, ou seja, não se aproximar do animal e evitar freqüentar áreas mais escondidas e brejosas das lagoas.”

De acordo com o biólogo, os filhotes de jacarés-do-papo-amarelo que não forem predados deverão se reproduzir normalmente. O jacaré-do-papo-amarelo já esteve na lista de espécies ameaçadas de extinção, porém, sua população já se encontra equilibrada novamente.

No criadouro localizado na comunidade do Guaxe, em Linhares, norte do Espírito Santo, restaram apenas sete animais. Segundo o Ibama, o criadouro é registrado e criava jacarés para comercialização da carne e do couro.