O MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) denunciou à Justiça dois homens acusados de integrar a milícia Liga da Justiça, máfia que atua em vários bairros da zona oeste da capital fluminense. São eles o policial militar Rodrigo Freitas de Oliveira e Alexsandro Almeida de Souza, conhecido como "Leco". Ambos são considerados foragidos.

Os dois supostos milicianos responderão por homicídio qualificado (motivo torpe e fútil), com impossibilidade de defesa da vítima. De acordo com a denúncia encaminhada pela 27ª Promotoria de Investigação Penal (PIP), os réus mataram por engano Victor da Silva Lopes, em setembro do ano passado.

A vítima seria irmã de um homem identificado como Vinícius da Silva Lopes, também acusado de integrar a Liga da Justiça, cujo nome estava na lista de acerto de contas do grupo paramilitar. O crime ocorreu na casa de Victor da Silva Lopes.

A denúncia do MP relata ainda que uma testemunha presencial do assassinato foi ameaçada de morte pelo policial militar. Dado o grau de periculosidade dos réus, de acordo com o órgão, foi requerida à Justiça a conversão dos mandados de prisão temporária (30 dias) para prisão preventiva.

Em nota, o Ministério Público afirmou que a periculosidade dos criminosos é demonstrada pela maneira de execução de delito, na presença da família da vítima, em uma localidade movimentada do bairro, “evidenciando suas certezas de impunidade, fundamentada no pavor que causam nas demais pessoas, pelas suas notórias condições de indivíduos perigosos, estando a postos para o cometimento de novos delitos com suas armas de fogo”. O órgão não esclareceu se os dois supostos milicianos possuem advogados.