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Presas 25 pessoas suspeitas de participação em onda de ataques em Santa Catarina

A escolta aos ônibus na Grande Florianópolis foi reforçada - Marcelo Bittencourt/Futura Press
A escolta aos ônibus na Grande Florianópolis foi reforçada Imagem: Marcelo Bittencourt/Futura Press

Alex Rodrigues

Da Agência Brasil, em Brasília

16/02/2013 18h01

Uma operação deflagrada pela Polícia Civil de Santa Catarina já resultou na prisão de 25 pessoas suspeitas de estarem envolvidas com a onda de atentados que, desde o dia 30 de janeiro, resultou em 106 ocorrências em 32 cidades catarinenses. Entre os presos há cinco advogados suspeitos de ligação com o crime organizado.

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Além dos 25 novos presos, outras 45 pessoas que já se encontravam detidas em cadeias estaduais voltaram a receber voz de prisão, acusadas de mandar, planejar ou executar os ataques contra agentes de segurança pública, bases policiais, ônibus e veículos particulares.

As 70 ordens de prisão já cumpridas até a tarde deste sábado (16) são parte dos 97 mandados expedidos pela Justiça a pedido das autoridades policiais. Agentes de 12 cidades participam diretamente da operação, deflagrada na noite de sexta-feira (15).

Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, até o fim da manhã desse sábado, 15 pessoas foram presas apenas na Grande Florianópolis. Entre elas está Bruno Miranda, o Bruno da Maloca. De acordo com a polícia, Bruno é considerado o braço direito dos líderes de uma facção criminosa que estão presos. Ele seria encarregado de levar informações de dentro dos presídios da Grande Florianópolis para as pessoas de fora e por recrutar executores para promoção de atentados.

Mais cedo, ao participar de uma entrevista coletiva junto com o governador do estado, Raimundo Colombo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, confirmou as prisões e revelou que, entre os detidos, há cinco advogados suspeitos de envolvimento com organizações como o Primeiro Grupo da Capital (PGC), acusada de estar por detrás dos atentados. Cardozo defendeu que a atuação dos advogados seja rigorosamente investigada.

“Se existem provas de que advogados não agem como advogados, mas sim que atuam como membros de quadrilhas, eles devem responder à lei. Não há que se pensar em privilégios. Falo isso como advogado, pois o espírito corporativo é legítimo quando defende prerrogativas, e não privilégios”, disse Cardozo.

Durante a coletiva, Cardozo e Colombo anunciaram algumas medidas de combate aos criminosos, como a transferência de 40 presos de unidades prisionais catarinenses para instituições federais de segurança máxima em outros Estados e a realização, a partir deste sábado, de uma operação que, nas palavras do ministro, visa "asfixiar financeiramente as organizações criminosas" por meio do "cerco policial nas divisas terrestres, aéreas e marítimas do estado".

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