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Polícia Civil do Rio criará procedimento para análise de imagens de operações

Do UOL, no Rio

13/05/2013 12h35

A chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegada Marta Rocha, afirmou na manhã desta segunda-feira (13), em entrevista à rádio ?CBN?, que será estabelecido um protocolo para orientar a coleta, monitoramento e análise de imagens gravadas durante operações policiais no Estado. ?Eu instituí uma comissão que vai estabelecer quais os protocolos, qual a rotina que deve ser adotada, não só no sentido da coleta das imagens, do monitoramento dessas imagens, mas sobretudo da avaliação dessas imagens?, disse a delegada.

Um vídeo gravado pelo próprios policiais que participaram de uma ação na favela do Rola, zona oeste do Rio, e divulgado pelo jornal "Extra" no último sábado (11), mostra agentes alterando uma cena de crime e mudando cadáveres de lugar para aparentemente forjar um auto de resistência --caso de morte provocada durante confronto com a polícia. Antes, eles atiram, de um helicóptero, contra os suspeitos que estão em terra.

?Os erros e os excessos produzidos nesta e em qualquer outra ação serão duramente punidos?, afirmou Marta Rocha, ressaltando que a análise das imagens e conclusão sobre a operação deverão ser realizadas pela Corregedoria da Polícia Civil.

A operação que aparece no vídeo foi realizada por policiais do Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), com apoio de helicóptero e carro blindado. Ao que parece, a parte que mais incrimina os policiais foi gravada sem querer, como mostra parte da filmagem em que um dos homens pede para que o outro desligue a câmera que está acoplada a seu capacete ?o que não aconteceu.

As imagens gravadas na Favela do Rola foram feitas por duas câmeras, uma estava em um helicóptero e a outra afixada ao capacete de um dos policiais. A operação, em uma área densamente povoada, ocorreu no dia 16 de agosto de 2012, com direito a distribuição de tiros desde uma das duas aeronaves usadas na ação.

Uma vítima é encontrada em uma casa vizinha e desarmada é deslocada pelos policiais para o bar onde estão outros suspeitos mortos, o que mostra uma clara obstrução do trabalho da perícia para apurar como aconteceram as mortes.