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Comércio e escolas no Complexo do Alemão fecham após morte de suspeito de tráfico no Rio

Comércio é fechado após um toroteio no qual um suspeito de tráfico foi morto da noite de quarta-feira, no Complexo do Alemão, na Penha - Guilherme Pinto/Agência O Globo
Comércio é fechado após um toroteio no qual um suspeito de tráfico foi morto da noite de quarta-feira, no Complexo do Alemão, na Penha Imagem: Guilherme Pinto/Agência O Globo

Paula Bianchi

Do UOL, no Rio

23/05/2013 11h28Atualizada em 23/05/2013 13h40

O comércio no Complexo do Alemão e em algumas localidades do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, amanheceu fechado nesta quinta-feira (23), segundo informações da Polícia Militar. Na noite de quarta (22), um homem suspeito de envolvimento com tráfico de drogas foi morto durante uma troca de tiros com policiais do Regime Adicional de Serviço, na localidade conhecida como Areal.

Como medida de segurança, as diretoras das escolas estaduais Jornalista Tim Lopes, em Ramos, Gomes Freire de Andrade, na Penha, e Caic Theophilo de Souza Pinto, em Bonsucesso, resolveram, segundo a Secretaria de Educação, suspender as aulas no turno da manhã. Uma escola municipal e outras seis creches também tiveram as aulas suspensas, deixando 3.486 alunos sem aula no total.  A UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) funciona normalmente.

O tiroteio ocorreu por volta das 21h, quando policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Alemão se depararam com criminosos armados enquanto faziam a patrulha no campo da Cufa, no alto do morro. Houve confronto e intensa troca de tiros, e Anderson Simplício de Mendonça, o “Orelha”, 29, foi baleado. 

O suspeito foi socorrido pelos policiais, que o levaram à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da comunidade, mas ele não resistiu aos ferimentos. Com Mendonça, foram apreendidas armas e munições. A ocorrência foi registrada na 22ª DP (Penha).

A ação levou a corporação a reforçar o policiamento na região, que conta com o apoio de policiais de outras UPPs.

Conflitos pós-UPP

O Complexo do Alemão foi ocupado pela polícia em novembro de 2010 e recebeu a primeira UPP em abril de 2012, tendo passado um longo período ocupado pelo Exército, que deixou o conjunto de favelas gradualmente até julho de 2012. Apesar das quatro UPPs instauradas no local, o Complexo segue sendo uma das comunidades mais conturbadas da cidade.

O primeiro caso foi no dia 23 de julho de 2012, quando a policial Fabiana Aparecida de Souza, 30, foi morta após um ataque de 12 homens armados à sede da UPP na favela de Nova Brasília, uma das comunidades que compõem o Complexo do Alemão.

No dia 20 de outubro, um tiroteio entre criminosos e policiais militares da mesma comunidade deixou uma menina de 12 anos ferida ao ser atingida por estilhaços de tiros. No dia 28 de novembro, mais uma vez o policiamento foi reforçado após intensa troca de tiros entre policiais militares e criminosos, que resultou na morte de um suspeito foi morto.

No dia 3 de maio deste ano, o policiamento foi reforçado na região depois que um tiroteio entre facções rivais assustou os moradores. No dia 25 de abril, outro tiroteio chegou a interromper o transporte no teleférico que atende à comunidade, atingido pelas balas.