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Adolescente é apreendida suspeita de matar a mãe por causa do namorado no Rio

A menor de idade (dir.) suspeita de matar a própria mãe foi apreendida, junto com o namorado (esq.), no Rio - Jadson Marques/Estadão Conteúdo
A menor de idade (dir.) suspeita de matar a própria mãe foi apreendida, junto com o namorado (esq.), no Rio Imagem: Jadson Marques/Estadão Conteúdo

Do UOL, no Rio

06/06/2013 12h51

Uma adolescente de 17 anos foi apreendida e o namorado dela, de 21 anos, foi preso nesta quinta-feira (6) em Taquara, na zona oeste do Rio de Janeiro, por suspeita de assassinato da mãe da jovem, no dia 25 de maio.

Segundo informações da Polícia Civil, o homicídio teria ocorrido porque a mãe era contra seu namoro com Daniel Duarte Peixoto, 20, e também para receber um seguro de R$ 15 mil. Outra das motivações do crime seria um seguro de vida adquirido pela vítima em nome da adolescente.

Ainda de acordo com a polícia, a mulher foi morta enquanto dormia, sufocada por um saco plástico. Segundo o delegado, a filha deu um golpe conhecido como "mata leão", mas ela não morreu na hora. Com isso, Daniel teria entrado no quarto e colocado um saco na cabeça. Para se livrar do corpo, o casal teria levado a vítima para um terreno em Duque de Caxias e ateado fogo ao corpo. Os dois suspeitos foram levados para a 32ª DP (Taquara).

"Ela demonstrou frieza e nenhum arrependimento. Ela planejou, depois negou. No dia seguinte ao crime, ela foi ao shopping", disse o titular do distrito, Antônio Ricardo Nunes. A vítima, Adriana Rocha de Moura Machado, 43, foi morta quando dormia ao lado da filha.

"No dia seguinte, ela procurou a polícia para acusar a vizinha pelo desaparecimento. Mas os depoimentos começaram a ser diferentes, eles começaram a entrar em contradição. No quarto depoimento, somente, ela confessou", disse Nunes. O delegado acrescentou ainda que a movimentação telefônica dos acusados contradisse os depoimentos.

Caso Richthofen

Em 2002, crime semelhante teve grande repercussão no país. Manfred e Marísia von Richthofen foram assassinados pela filha, Suzane von Richthofen, no dia 31 de outubro, quando dormiam em sua casa, no bairro do Brooklin (zona sul de São Paulo). Suzane e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos foram condenados a 39 anos de prisão pelo homicídio.

Suzane, Daniel e Cristian entraram na casa em silêncio. Os irmãos Cravinhos subiram as escadas junto com Suzane, que os avisou que os pais dormiam. Então, os irmãos desferiram golpes de barra de ferro contra Manfred e Marísia. Após matarem o casal, os dois cobriram os corpos com uma toalha molhada e sacos plásticos.

A biblioteca foi desarrumada para simular um latrocínio (assalto seguido de morte), e uma pasta marrom foi cortada. Também foram levados, para reforçar a simulação, cerca de US$ 5.000, R$ 8.000 e joias do casal que estavam na biblioteca. O dinheiro ficou com Cristian, que acabou usando uma parte do montante para comprar uma moto.

Ao deixarem o local do crime, Daniel e Suzane foram para um motel em São Paulo, enquanto Cristian seguiu para um hospital para visitar um amigo. Depois de algum tempo, Daniel e Suzane foram ao encontro de Andreas von Richthofen, irmão da jovem, que havia sido deixado por Daniel em um cibercafé. Chegaram em casa, e Suzane ligou para a polícia informando do crime.

O policial militar Alexandre Paulino Boto, que atendeu ao chamado, chegou na casa e disse, no decorrer das investigações do crime, que havia estranhado o comportamento de Suzane quando ele disse que os pais da jovem estavam bem. "Como?", perguntou Suzane espantada, segundo o relato de Boto durante o julgamento.

No decorrer das investigações, a delegada responsável pelo inquérito, Cíntia Tucunduva, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), começou a suspeitar do comportamento de Suzane e Daniel diante da "tragédia" —eles protagonizavam cenas de amor, de acordo com a delegada. No dia 8 de novembro de 2002, os Cravinhos e Suzane confessaram, em interrogatório à delegada, a participação no assassinato do casal Richthofen.

49 Comentários

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voo 45

No Brasil de direitos à criança e adolescente nós estamos perdendo nossas crianças e adolescentes para o mundo do crime. Matar a própria mãe é algo que a consciência do autor(a) não conseguirá jamais viver em paz com sua própria alma. Tristeza. Muita tristeza.

jopear

Tenho Uma filha, hoje ela tem 29 anos, é advogada. Ela é igual a Suzanne. em tudo.Só não me matou e a mae porque eu criei ensinando ela a me temer. Mas é o proprio Diabo. Linda, meiga, dissimulada e perversa.