Greve deixa 400 mil sem transporte coletivo em Florianópolis
Uma greve de motoristas e cobradores paralisou na manhã desta segunda-feira (10) o transporte coletivo em Florianópolis, afetando cerca de 400 mil pessoas na região metropolitana.
A greve desobedece decisão do Tribunal Regional do Trabalho de manter a frota circulando nos horários de pico (das 5h às 8h e das 17h às 20h) e 50% dela nos demais, sob pena de multa de R$ 100 mil diários ao sindicato da categoria, o Sintraurb, o mais forte do Estado.
A cidade amanheceu com os terminais fechados e policiados. Não houve incidentes porque os ônibus ficaram retidos nas garagens. Como a greve era esperada e amplamente divulgada por rádio e TV, a população não procurou os terminais.
Aulas em várias escolas públicas das redes municipal e estadual foram canceladas. A campanha de vacinação infantil da poliomielite também foi afetada, com adiamento da escala dos vacinadores nas escolas.
A decisão de greve desafiando o TRT e o patronato foi tomada em assembleia de trabalhadores encerrada na madrugada. O Sintraurb ignorou a multa imposta pelo TRT alegando que a decisão que pretende obrigar os motoristas a trabalharem fere o direito de greve.
A prefeitura montou um esquema com 200 vans e micros para transporte alternativo, com passagens a R$ 5,00 para distância pequenas e R$ 7,00 para os extremos norte e sul da ilha.
O prefeito Cesar Souza Junior (PSD) anunciou que não pretende dar aumento na passagem, o que poderia permitir às empresas reajustar os salários dos trabalhadores.
O Sintraurb revindica aumento salarial de 5% (também para os trabalhadores nas garagens), redução de 20 minutos na jornada de trabalho e extinção da jornada de 3 horas. As empresas ofereceram aumento de 2,5%. As negociações devem ser retomadas ao final da tardel.
O último aumento da passagem de ônibus em Florianópolis ocorreu em 27 de janeiro deste ano. Foi de R$ 2,60 para R$ 2,70 para quem paga em cartão. O valor não sofreu alteração para pagamentos feitos em dinheiro, continuou R$ 2,90.
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