Governo do Maranhão diz que manifestações locais não foram "predominantemente anti-oligárquica"
Em resposta ao artigo "Análise: manifestações no Maranhão retomam combates contra a oligarquia", de autoria do professor Wagner Cabral da Costa e publicado pelo UOL na quarta (3), o governo do Maranhão emitiu nesta quinta-feira uma nota em que diz que as manifestações locais não foram "predominantemente anti-oligárquica".
Leia a íntegra da nota:
"Caro Editor,
Ao texto de análise sobre as manifestações de protesto no Maranhão, assinado por Wagner Cabral da Costa e publicado pelo UOL, diante do alcance deste veículo, é necessário que se faça reparos e esclarecimentos para que a verdade seja plenamente restabelecida. Seguem as considerações:
- A Ponte José Sarney não foi “renomeada de Ponte do São Francisco pelo movimento ‘Acorda Maranhão’”. É com esse nome que ela é conhecida pela população, já que ela foi construída na década de 1970, para unir o Centro de São Luís ao bairro São Francisco. Qualquer morador da cidade pode confirmar facilmente a informação.
- O Governo não ficou em “silêncio”. Ao contrário, se reuniu com instituições e recebeu manifestantes, se comprometendo a atender as solicitações a partir de uma pauta conjunta construída pelos diversos grupos de manifestantes.
- O Governo do Maranhão não requentou em 2013 “promessas de campanha”, mas, desde o início das manifestações, sugeriu um trabalho de cooperação com a Prefeitura de São Luís, o que foi aceito pelo Município. Assim, equipes do Estado e Prefeitura trabalharão em parceria em ações voltadas à melhoria de vida da população, com destaque para o setor de mobilidade urbana. Esse canal de diálogo e de parceria com a prefeitura, proposto pelo Governo do Estado e amplamente divulgado pela imprensa, foi sinalizado bem antes até das manifestações.
- Por fim, as manifestações não foram “predominantemente anti-oligárquica”. O próprio texto publicado explicita isso, ao elencar a gama de reivindicações e a cobrança em todos os níveis de poder, incluindo demandas referentes ao Estado e o Município.
- Desta forma, pode-se facilmente concluir que os gritos em “coro de 30 mil vozes” também foram os mesmos ouvidos em relação a outros temas e problemas, já que a pauta dos protestos destacava questões locais e também se alicerçava em mazelas nacionais.
- considerando a credibilidade do veículo e na certeza de que a verdade será esclarecida, nos colocamos sempre à disposição."
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