Manifestantes mostram seios e são vaiadas por peregrinos da Jornada na zona sul do Rio
Um grupo de manifestantes feministas aproveitou a chegada do papa Francisco ao Rio de Janeiro para promover um ato em favor da liberdade sexual das mulheres na tarde desta segunda-feira (22), no Largo do Machado, na zona sul da capital fluminense.
Um grupo de peregrinos que se reúne no mesmo local à espera das vans que levam ao Cristo Redentor vaiou o protesto no momento que as manifestantes exibiram os seios. Houve uma pequena troca de provocações entre as pessoas que participavam do ato e peregrinos, mas sem princípio de confusão.
"Estamos aqui para exigir um Estado laico. Não abrimos mão disso", afirmou a atriz Taísa Machado, uma das mulheres que protestavam.
Com camisas e bandeiras da Jornada Mundial da Juventude, os jovens começaram a cantar músicas religiosas, e gritam "exigimos respeito" quando os manifestantes devolveram as vaias.
Também na praça do Largo do Machado, estudantes universitários, militantes de partidos políticos se concentram para um novo ato que deve seguir em direção ao Palácio Guanabara, onde o papa Francisco será recebido.
Às 17h, os manifestantes prometem realizar um "beijaço gay" em frente à residência oficial do governo do Estado.
Marcha das Vadias em dia de vigília da JMJ
A próxima edição da Marcha das Vadias no Rio de Janeiro será realizada no dia 27 de julho, em Copacabana, na zona sul da cidade, mesmo dia em que o papa Francisco participará de três eventos da Jornada Mundial da Juventude, entre os quais a vigília com os jovens no Campus Fidei, em Guaratiba, na zona oeste, palco principal do evento.
O ato está sendo organizado pela ativista da AMB (Associação de Mulheres Brasileiras) Rogéria Peixinho, que costuma se vestir de freira na Marcha das Vadias, e que repetirá a fantasia no próximo protesto. Segundo ela, a chegada do pontífice à capital fluminense terá como "contraponto a livre manifestação de uma outra juventude", na rua, "protestando contra a opressão e o controle da vida e da sexualidade das mulheres".
"A presença do papa e os recursos públicos alocados para a visita de um líder espiritual coloca em xeque a laicidade do Estado. (...) Esse tema está dentro dos eixos da marcha, assim como ao direito ao corpo, as denúncias sobre os casos de estupro que estão aumentando principalmente no Rio, e a formulação de políticas públicas de proteção às mulheres", disse ela.
A concentração do ato vai ocorrer no posto cinco da praia de Copacabana, a partir das 14h. Por volta das 16h, os manifestantes seguirão pela avenida Atlântica em direção ao posto dois, na altura da rua Rodolfo Dantas, e entrarão na rua Nossa Senhora de Copacabana. A caminhada segue até a esquina com a rua Ministro Viveiros de Castro, com término na rua Prado Júnior.
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