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Polícia retira cordão de isolamento após protesto em SP; cinco são presos

Do UOL, em São Paulo

31/07/2013 02h14

A polícia retirou aproximadamente à 1h30 desta quarta-feira (31) o cordão de isolamento que bloqueava o acesso de manifestantes ao 14º DP, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, informou a delegacia. O cordão foi instalado após vinte manifestantes serem detidos em um protesto que começou pacífico e terminou com confronto e depredação na região, de acordo com a polícia.

Dos 20, cinco foram presos em flagrante e autuados por dano ao patrimônio, formação de quadrilha e desacato à autoridade, de acordo com a 14º DP.

Segundo a polícia, eles serão transferidos durante o dia. Quatro deles, homens, irão para o 91º DP e uma manifestante, para o 89º.

Os outros 15 manifestantes chegaram a ser detidos, mas foram liberados.

Manifestantes criticaram detenções

Durante protesto que saiu do largo da Batata, às 18h, alguns manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar na avenida Rebouças e 20 foram detidos.

Um grupo de cerca de 300 ativistas do grupo Black Bloc, de acordo com a Polícia Militar, depredou agências bancárias na região, onde houve confronto com a PM, que tentou conter os ativistas com bombas de gás e de efeito moral.

Eles pichavam lojas e tentava evitar a ação dos fotógrafos no local. Uma concessionária foi atacada com pedras e teve carros depredados. Acabaram dispersados pela PM, que mobilizou um efetivo de 220 homens, além da Tropa de Choque, o que totalizou cerca de 400 homens.

Setenta pessoas saíram do vão livre do Masp, na avenida Paulista, e foram em direção ao 14º DP, onde estavam os manifestantes detidos. A PM acompanhou sem coibir a passeata.

Os manifestantes chegaram à rua Dep. Lacerda Franco, rua do DP, por volta das 23h, mas não conseguiram chegar ao local devido ao bloqueio da Tropa de Choque. Manifestantes xingaram os policiais de fascistas.     

'Energia necessária'

A SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) e a PM afirmaram, mais cedo, que iriam "respeitar o direito à livre manifestação" e que dariam "segurança aos cidadãos pacíficos". Caso fossem registradas cenas de vandalismo, a polícia prometeu agir com "a energia necessária para evitar atos criminosos", comunicaram em nota oficial.

Na semana passada, a manifestação prestava apoio ao ato que acontecia ao mesmo tempo no Rio de Janeiro contra o governador Sérgio Cabral (PMDB), durante a JMJ (Jornada Mundial da Juventude). Além disso, os protestantes paulistas também bradavam contra o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB).

Treze agências bancárias, a estação Trianon-Masp, uma loja de carros, semáforos e um furgão da TV Record foram depredados. A polícia só interveio uma hora depois. Segundo um soldado, "a orientação era não causar confronto". Oito pessoas foram detidas.