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Secretaria de Segurança anuncia novo comandante da PM do Rio

Julia Affonso

Do UOL, no Rio

06/08/2013 16h26Atualizada em 06/08/2013 16h52

A Secretaria de Estado de Segurança Pública do Rio de Janeiro informou nesta terça-feira (6) que o coronel José Luís Castro Menezes, 47, é o novo comandante-geral da Polícia Militar. Ele substituirá o coronel Erir Ribeiro Costa Filho, exonerado do cargo na noite de segunda-feira (5).

Menezes ocupava o cargo de comandante do 1º CPA (Comando de Policiamento de Área) antes de ser promovido. A primeira entrevista dele como comandante-geral da PM acontecerá hoje, às 17h.

Diferentemente do antecessor, tido como oficial experiente e com perfil operacional, o coronel tem uma trajetória recente em cargos de comando. Antes de estar à frente do 1º CPA, ele passou pelo 5º BPM (Praça da Harmonia) e 33º BPM (Angra dos Reis), além de ter sido titular da CAC (Coordenadoria de Análise Criminal). Menezes está há 28 anos na corporação.

A reunião que definiu a escola do chefe da corporação começou logo após o anúncio da saída de Costa Filho, mas foi interrompida às 2h desta terça. As autoridades da segurança pública fluminense voltaram a conversar por volta de 8h30.

Costa Filho foi exonerado pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, quatro dias após ter concedido anistia a 450 policiais que haviam sido punidos administrativamente.

A decisão perdoa irregularidades administrativas de menor potencial e permite que os policiais voltem ao trabalho de rua e não tenham dificuldades em receber promoções. Beltrame não aprovou a anistia.

"Mudanças fazem parte do processo de gestão e devem ser vistas com naturalidade", disse o secretário, em nota. "Quero ressaltar o trabalho e a integridade do comandante Costa Filho, além de seu amor à corporação que comandou", completou.

Pego de surpresa

No último domingo (4), Beltrame afirmou que foi pego de surpresa com a decisão do coronel. O secretário disse que esperava uma explicação da PM e que seria necessário esclarecer para a população o que significa "delito administrativo de menor potencial".

"Da maneira como foi colocado, da maneira como foi apresentado, eu não gostei. Acho que precisamos explicar melhor, sobretudo para a sociedade, pois a secretaria e a polícia precisam entender o que significam essas ações administrativas. Eu aguardo explicações efetivas do que significa isso", afirmou o secretário durante visita ao Complexo da Mangueirinha, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.