Imagens de câmera de segurança não identificam filho de PMs dirigindo carro, admite polícia
A Polícia Civil de São Paulo admitiu nesta quarta-feira (7) que não tem imagens de câmeras de segurança que identifiquem o estudante Marcelo Pesseghini, 13, dirigindo o carro da mãe, a cabo da PM Andreia Pesseghini, 36, na zona norte da cidade.
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Pelas imagens divulgadas pela polícia à imprensa nessa terça (6), o carro da policial passa pela rua do colégio onde Marcelo estudava, na Freguesia do Ó, por volta da 1h15 de segunda-feira (5). Horas depois, às 6h30, um jovem sai da direção em que o carro foi estacionado, com uma mochila nas costas, no sentido oposto do veículo. Para a polícia, trata-se de Marcelo.
"Pelas imagens, vemos apenas que [o motorista] é uma pessoa de camiseta branca e que passa calmamente com o veículo", disse o delegado do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) Itagiba Franco. "Mas outras imagens mostram o Marcelo saindo de onde o carro foi estacionado, com uma jaqueta, camiseta branca e mochila nas costas", completou.
Para o delegado, o fato de Marcelo ser "um menino extremamente bem cuidado pelos pais", como alegaram os familiares, auxilia a polícia na tese de que o aluno é o autor dos homicídios.
"Ele foi sozinho com o carro e dormiu lá dentro a noite toda. Tendo o menino uma saúde frágil [tinha diabetes e fibrose cística], os pais o deixariam dormir fora dessa maneira? Não deixariam. O jovem sabia que eles já estavam mortos." Além dos pais, a polícia acredita que Marcelo também matou a tia-avó e a avó, que estavam na casa em frente à do casal de PMs.
Conforme o delegado do DHPP, uma testemunha se apresentou espontaneamente nesta tarde para informar que viu o carro da policial ser estacionado, de madrugada. Entretanto ela negou que tenha visto quem o dirigia ou quem o deixou às 6h30 de segunda.
Entre familiares, vizinhos, professores, a polícia já ouviu 12 testemunhas.
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