Novo comandante da PM do Rio diz que sumiço de Amarildo gerou investigação interna
O novo comandante-geral da PM (Polícia Militar) do Rio de Janeiro, coronel José Luís Castro Menezes, afirmou nesta quarta-feira (7) que o desaparecimento de Amarildo de Souza, 42, morador da favela da Rocinha, na zona sul da cidade, deu origem a um IPM (Inquérito Policial Militar) na corregedoria da corporação.
Em paralelo, agentes da Divisão de Homicídio da Polícia Civil realizam buscas pelo corpo do pedreiro, que sumiu no dia 14 de julho, data em que foi abordado por policiais militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha e levado à sede da unidade antes de desaparecer.
Em entrevista à "TV Globo", Menezes classificou o fato como "grave" e ressaltou que uma eventual conduta criminosa dos policiais da UPP também está sendo apurada internamente.
"O fato é grave. Preocupa bastante. Há um Inquérito Policial Militar [IPM] aberto para tentar identificar. Além disso, há o inquérito da Polícia Civil. (...) A gente espera que esse caso seja em breve esclarecido ou através do Inquérito Policial Militar ou através da investigação da Polícia Civil", disse.
Questionado sobre a presença de traficantes armados na Rocinha mesmo após a pacificação, o novo comandante-geral afirmou que se reunirá com o futuro chefe da CPP (Coordenadoria de Polícia Pacificadora), cujo nome deve ser escolhido ainda nesta quarta, para definir uma "estratégia pontual".
Polícia Civil busca pistas
"A gente vai ter que analisar essa nova informação. Isso é um fato novo. Conversar com o novo comandante das UPPs e aí estabelecer uma nova estratégia para atacar nesse problema pontual", declarou.
Menezes também afirmou não considerar a possibilidade de promover mudanças radiciais na política de pacificação executada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública.
"A gente vai continuar trabalhando nessa mesma linha. (...) A gente não pode achar aqui que, de uma hora para outra, toda uma realidade de anos vai ser mudada. A gente tem uma noção muito clara de que é um grande desafio. Mas a gente vai continuar atuando e se aproximando da sociedade. Demonstrando que nós estamos lá para proporcionar segurança à comunidade. Não somos inimigos das pessoas", disse.
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