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PM entrega câmera da Rocinha a delegacia que investiga sumiço de Amarildo no Rio

Na última semana, familiares do pedreiro Amarildo acompanharam perícia feita pela Polícia Civil na comunidade - Ana Branco/Agencia O Globo
Na última semana, familiares do pedreiro Amarildo acompanharam perícia feita pela Polícia Civil na comunidade Imagem: Ana Branco/Agencia O Globo

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

08/08/2013 18h13

Um policial militar lotado na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, entregou para a equipe da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, nesta quinta-feira (8), uma das câmeras de vigilância instaladas na comunidade. A DH é responsável pela investigação sobre o sumiço e suposta morte do pedreiro Amarildo de Souza, 43.

O morador da Rocinha desapareceu no dia 14 de julho depois de ser abordado por PMs e levado à sede da UPP, no alto da favela. Na versão dos policiais, Amarildo foi confundido com um traficante da região.

Agentes da DH afirmaram que as circunstâncias que envolvem a análise da câmera entregue hoje só poderiam ser elucidadas pela perícia técnica. No dia em que Amarildo desapareceu, apenas dois equipamentos do circuito de vigilância instalado na comunidade não estavam funcionando --exatamente as câmeras posicionadas em frente à base da UPP.

Ainda de acordo com agentes da DH, um outro PM da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha também esteve na delegacia na tarde desta quinta a fim de entregar documentos relacionados ao caso. O policial foi encaminhado para a SDP (Seção de Descoberta de Paradeiro), onde permaneceu por cerca de 30 minutos.

Ao deixar o distrito policial, o tenente não quis falar com a reportagem do UOL. "Vim apenas entregar uns documentos", disse ele ao ser questionado se havia prestado depoimento sobre o sumiço de Amarildo.

O delegado titular da DH, Rivaldo Barbosa, não compareceu à delegacia até o fim da tarde de hoje. Pela manhã, o responsável pela investigação sobre o desaparecimento do pedreiro participou de uma reunião no Ministério Público, que acompanha o caso a pedido do procurador-geral de Justiça, Marfan Vieira.