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"A família está sofrendo", diz parente de menino acusado de matar a família em SP

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

12/08/2013 14h11Atualizada em 12/08/2013 19h12

Um tio-avô do estudante Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, filho do casal de PMs assassinado em São Paulo na semana passada, disse nesta segunda-feira (12) que a família está “cansada” com a repercussão do caso.

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“A gente não aguenta mais, a família está sofrendo. Não conseguimos nem trabalhar. Se soubéssemos quem é [o assassino], já tínhamos falado”, declarou Sebastião de Oliveira Costa ao deixar a sede do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), onde prestou depoimento.

Costa é filho de Bernadete Oliveira da Silva, 55, tia-avó de Marcelo, que foi encontrada morta no mesmo quarto em que estava o corpo da avó do garoto, no bairro da Brasilândia, zona norte de São Paulo.

Além das duas, também morreram --todos, com um tiro na cabeça -- os pais do estudante, o sargento da Rota (tropa de elite da Polícia Militar paulista) Luís Marcelo Pesseghini, 40, e a cabo da PM Andreia Pesseghini, 36. Segundo a polícia, Marcelo, de 13 anos, matou os quatro e depois cometeu suicídio.

Na semana passada, Costa disse que Marcelo “era um menino muito bonzinho” e seria incapaz de matar a família. Hoje, disse que é a polícia quemdeve apontar o culpado.

“Não vou falar mais nada, só o delegado vai falar. Não sei quem fez isso”, disse Costa.

A testemunha afirmou ainda ter trazido ao delegado que chefia as investigações, Itagiba Franco, uma suposta cópia da chave da casa dos PMs.

Segundo ele, a repórter de uma emissora de TV ligou para ele no domingo (11) dizendo ter encontrado a chave próxima ao portão da casa dos policiais. Ele, porém, não deixou claro como conseguiu a chave.

Em seguida, Costa disse que “alguém ligou para o delegado [Franco] e disse que a chave estava comigo”. "Não sei de onde é essa chave, mas ela está na mão do delegado", encerrou.

O DHPP não comentou o teor do depoimento da testemunha.