Por trabalho escravo, empresário é condenado a 7 anos de prisão no interior de SP
A Justiça Federal condenou o fazendeiro Ronaldo Perão a sete anos e seis meses de detenção por submeter um grupo de trabalhadores à condição análoga a de escravo no Sítio Engenho Velho, localizado no município de Garça --a 404 km da capital paulista. A decisão do juiz Alexandre Sormani, da 1ª Vara da Justiça Federal de Marília, foi publicada no último dia 20 de agosto.
De acordo com o MPT (Ministério Público do Trabalho), ele vai cumprir a pena em regime semiaberto e poderá recorrer em liberdade. A mãe do empresário, Neuza Perão, os dois irmãos Romildo e José Guilherme, além de um funcionário do sítio Vanduir Aparecido dos Santos foram absolvidos por falta de provas. No entanto, o Ministério Público Federal recorreu da decisão para que eles também sejam condenados.
O advogado Amauri Codonho, que defende Ronaldo Perão, disse nesta segunda-feira (2) que ainda não foi notificado sobre a sentença, mas que pretende recorrer da decisão ao TRF-SP (Tribunal Regional Federal de São Paulo). No fim do dia, em novo contato, a secretária de Codonho disse que ele estava em audiência e não poderia mais retornar as ligações.
Em 2011, 21 trabalhadores, entre eles um menor de idade, foram resgatados em uma fazenda também em terras administradas pela empresa Sítio Engenho Velho por fiscais do MPT. Segundo o órgão, os colhedores de café eram contratados pelo condomínio rural e trabalhavam em 19 fazendas.
No Sítio Engenho Velho foram lavrados 15 autos de infração referentes à falta de registro de pagamento de salário e às más condições de alojamentos, entre outros. De acordo com o Ministério Público Federal, os trabalhadores recebiam baixos salários, abaixo do piso, com descontos irregulares a título de alimentação e vestuário. (Com Agência Brasil)
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