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Amarildo foi submetido a choques elétricos e asfixiado com plástico, diz jornal

Do UOL, em São Paulo

02/10/2013 18h08

Amarildo de Souza, 47, que desapareceu durante uma operação policial na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, foi submetido a choques elétricos e asfixiado com saco plástico, segundo documento da Divisão de Homicídios obtido com exclusividade pelo jornal "O Globo".

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"A coragem que tempera o inquérito do caso Amarildo é inversamente proporcional ao destaque diminuto que as conclusões policiais receberam nos meios de comunicação: parece que se trata apenas de mais uma peça produzida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro"

A investigação, de acordo com a reportagem, relatou que o ajudante de pedreiro era epilético e não resistiu à sessão de tortura dos policiais.

Também apontou o interesse do major Edson Santos, ex-comandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da comunidade, e seus comandados em arrancar informações de Amarildo sobre a localização de armas e traficantes da parte baixa da favela, onde ele vivia com a família.

O inquérito sobre o caso, com o indiciamento de dez policiais da UPP da Rocinha, inclusive o major Edson Santos, foi concluído na noite da última terça-feira (1º). A Divisão de Homicídios pediu a prisão preventiva e indiciou os policiais militares pelos crimes de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver.

Mas, apesar da conclusão do inquérito, o delegado Rivaldo Barbosa reconheceu que a polícia não sabe o paradeiro do pedreiro. "O corpo do Amarildo ainda não apareceu. Mas temos esperança que venha a aparecer. Apesar do fim do inquérito, outras diligências devem ser feitas para procurá-lo nos próximos dias", afirmou ele. 

Barbosa disse ainda estar convicto do resultado do inquérito, embora não tenha dado detalhes sobre as provas dos delitos imputados aos agentes, tampouco tenha confirmado as informações dadas pelo jornal "O Globo". 

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