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Repórter do UOL é agredido por PMs em protesto no Rio

A Polícia Militar usou bombas de efeito moral dentro da estação para conter o protesto - Domingos Peixoto/Agência O Globo
A Polícia Militar usou bombas de efeito moral dentro da estação para conter o protesto Imagem: Domingos Peixoto/Agência O Globo

Do UOL, no Rio

06/02/2014 19h38

O repórter do UOL Gustavo Maia foi agredido por policiais militares com golpes de cassetete enquanto fazia a cobertura do protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro. Pelo menos 500 manifestantes resolveram pular as catracas da Central do Brasil por volta das 19h desta quinta-feira (6), o que deu início a um confronto com a PM.

A confusão teve início quando alguns policiais tentaram retirar os manifestantes do local com golpes de cassetetes. Eles revidaram jogando pedras, e teve início o confronto. O repórter foi agredido enquanto estava parado no local. Quando os PMs se aproximaram, ele levantou as mãos e se identificou como jornalista, mas mesmo assim foi atingido com dois golpes nas pernas.

Um repórter da "GloboNews" e fotógrafos de agências de notícias também relataram agressões policiais. Um cinegrafista foi atingido por uma bomba e levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, mas a Secretaria de Saúde ainda não divulgou o estado de saúde da vítima. Procurada, a Polícia Militar afirmou ainda não ter posicionamento sobre os fatos referentes ao protesto, bem como balanço de feridos e presos na ação policial.

O confronto assustou os comerciantes locais, que fecharam as portas. A Polícia Militar usou bombas de efeito moral dentro da estação para conter o protesto. Com a confusão, muitas pessoas passaram mal e desmaiaram no local. Pelo menos um foi detido e levado algemado pela polícia.

Do lado de fora da Central do Brasil, há focos de incêndio. Os policiais destacados para o protesto atuam sem identificação. A corporação também não soube explicar se houve uma orientação específica a esse respeito.

O valor da passagem vai subir de R$ 2,75 para R$ 3 a partir de sábado (8). O grupo, que se concentrou ao lado da Igreja da Candelária, começou a caminhada às 18h20.