No Rio, tarifa do metrô sobe para R$ 3,50 neste domingo; trem vai a R$ 3,20
As tarifas dos serviços de metrô e trens do Rio de Janeiro subiram para R$ 3,50 e R$ 3,20, neste domingo (18), respectivamente. Não haverá aumento, porém, para quem usa o Bilhete Único Intermunicipal, já que o governo do Estado subsidia as concessionárias com base na lei que criou a chamada "tarifa social".
Os reajustes foram autorizados pela Agetransp (Agência Reguladora de Transportes), em março desse ano, menos de três semanas depois de o então governador Sérgio Cabral (PMDB) --pressionado pela onda de manifestações-- anunciar que as tarifas seriam mantidas. Em nota, a assessoria do Executivo negou que existisse uma contradição.
Em relação ao serviço prestado pela concessionária MetrôRio, cujo bilhete custava R$ 3,20, houve reajuste de 5,66%. O índice corresponde à variação do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) entre os meses de janeiro de 2013 e janeiro de 2014.
O aumento do preço dos trens, por sua vez, que era de R$ 2,90, corresponde a 5,6%. O percentual é equivalente à variação do IGP-M entre novembro de 2012 e novembro de 2013. O sistema ferroviário é administrado pela concessionária SuperVia.
De acordo com a Agetransp, como o reajuste anual de tarifas é previsto nos contratos de concessão firmados com o governo do Estado, não há necessidade de justificativa. Basta que as empresas façam o aviso prévio de trinta dias aos usuários.
Declínio da gestão Cabral
No Rio, as manifestações que começaram em junho passado, sob a bandeira do combate ao reajuste da passagem de ônibus, prosseguiram ao longo do segundo semestre e prejudicaram a imagem de Cabral. O valor das tarifas e fatores como superlotação, atrasos e falhas de infraestrutura, entre outros, fizeram que com o metrô e os trens também entrassem no escopo das manifestações.
Em pesquisa do Ibope, divulgada em dezembro, a gestão do ex-governador permanecia com apenas 18% de avaliação positiva e 74% de rejeição, entre eleitores. Em abril desse ano, Cabral renunciou ao cargo para dar lugar ao vice, Luiz Fernando Pezão, que será o candidato do PMDB na eleição de outubro.
Pressionado pela onda de protestos, o ex-chefe do Executivo fluminense havia informado que as tarifas de metrô, trens e barcas seriam mantidas, o que não se confirmou posteriormente.
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